Um lance no final do primeiro tempo indicou talvez o principal problema enfrentado pelo Bahia, sábado, na Fonte Nova. Numa zona morta do gramado, próxima à bandeira de escanteio, o meia Robert resolveu trocar tapas com Badé, do Avaí, e ambos levaram cartão amarelo. Se o mais sereno dos tricolores perdeu a calma, era difícil pedir tranqüilidade aos demais companheiros. O nervosismo imperou dentro e fora do campo.
Nem parecia que o time estava em seu santuário, no estádio onde vem invicto e costuma fazer bambear as pernas dos adversários. A necessidade do triunfo, imposta pela derrota na rodada anterior, diante do Brasiliense, acabou pesando.
Definitivamente, havia algo estranho no ar. Até a torcida parecia com os nervos à flor da pele. A ira acumulada pela seqüência de más atuações de Selmir explodiu em vaias na primeira participação do atacante. Após perder uma dividida, levou uma chuva de apupos. Anulado pelos torcedores e por si mesmo, saiu no intervalo.
Os momentos seguintes ao tento de Leonardo foram o oásis de calma para o Esquadrão. Por ironia, ela foi embora em outro lance protagonizado pelo zagueiro. Sua falha incrível, que gerou o gol de Tico, fez do Bahia uma equipe sem calma para superar o limitado Avaí.
A intranqüilidade pode ser ilustrada por Allyson, que quase marca contra. Até reversão de lateral, em erro de Bruno, aconteceu. Mas foram as falhas de conclusão que representaram bem o estado de espírito: na mais impressionante de todas, nos acréscimos, nem a velha estrela tricolor ajudou Renna a empurrar a bola para dentro.
A Tarde (Adaptado)
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