“Azevedo não é cabeça-de-área”, prega Lula Pereira

Mudam os nomes, mantém-se o esquema. Não para Lula Pereira. Agora é definitivo: Alessandro Azevedo vai atuar mesmo como meia. O jogador insistiu durante bom tempo na teoria de que a posição de segundo homem de meio-de-campo era a sua favorita, mas o treinador esperou o final do coletivo de sexta-feira para desfazer qualquer tipo de dúvida. “Conversei com ele e expliquei que ele é um jogador de qualidade, com bom passe. Tem que deixar de lado esse negócio de ser volante. Disse para jogar solto, com alegria. Ele e o Juninho vão fazer esse papel domingo”, ensinou.

No mesmo apronto, na Fonte Nova, Lula parou inúmeras vezes as jogadas para corrigir a postura do time titular. Reclamou quando ninguém se aproximava de Juninho na criação, quando Ávine e Luciano Baiano atacavam sem terem a cobertura correta. Cobrou atenção máxima para, mais que os três pontos, o Bahia trazer novamente a confiança de que vai subir à Série B.

“Temos que conter um pouco a nossa euforia. Não tem clube que agüente jogar assim os 90 minutos”, contrapôs, explicando que vontade em campo não pode ser confundida com ansiedade, que acaba com o gás durante a partida. Sobre a Nação Tricolor, Lula tratou de fazer um novo carinho. “Se dependesse só da torcida, o Bahia não estaria nem na primeira divisão, mas na Champions League”.

Para estrear com o pé direito, Lula Pereira assistiu a três partidas do Ferroviário, além de garantir mais informações qualificadas como “segredo profissional”. Como mora em Fortaleza, cidade-sede do adversário, o técnico certamente acionou amigos para lhe ajudarem a vencer o ex-companheiro Arnaldo Lira, velho conhecido dos tempos de Ceará.

Correio da Bahia (Adaptado)

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