Após inúmeros e desgastantes capítulos, a Novela Uéslei finalmente teve um final feliz, escrito na manhã desta terça-feira, com a apresentação oficial do jogador pela diretoria. Numa estratégia de marketing, o ídolo formado nas categorias de base do Bahia, agora com 33 anos, apareceu na solenidade de lançamento dos novos uniformes da equipe, durante um coffe-break num dos Salões do Hotel Blue Tree Towers, no Bairro do Rio Vermelho.
Além da imprensa e da cartolagem tricolor, o eventou contou com a presença da alta cúpula da Diadora no Brasil. O contrato com a fornecedora de material esportivo italiana será de três anos e o time vai passar a utilizar o fardamento a partir do jogo de sexta, diante da Portuguesa, no Canindé.
Quarto maior artilheiro da história do Fazendão, com 140 gols, o soteropolitano Uéslei Raimundo Pereira da Silva, nascido no dia 19/04/1972 (1,77 m e 83kg), já falou como reforço do Esquadrão: “Estou muito feliz e realizado. Sempre declarei que queria retornar ao Bahia, que é a minha casa, antes do final da carreira. Estou em plena forma, no auge, e apto a ajudar o clube a voltar à Primeira Divisão. É uma dívida que tenho com a torcida e lutarei para pagar”.
Uéslei começa a treinar no Fazendão nesta quarta-feira. A tendência é que o jogador faça sua reestréia no Bahia contra o Gama, dia 21, na Fonte Nova, palco onde se transformou em ídolo da torcida. Ele estava no Nagoya Grampus, do Japão, desde 2000, e fica no Esquadrão até o fim deste ano.
Ueslei começou a carreira no Bahia, onde se profissionalizou, em 1993. Atuando como meia, foi destaque no time Campeão Baiano e quinto lugar no Brasileirão da Série A, em 1994. O destaque o levou ao Cruzeiro. Em Minas, levantou a Copa do Brasil. Passou depois por Flamengo, Guarani, São Paulo, Internacional e Vitória, antes de voltar ao Esquadrão de Aço, em 1998.
Foi o líder do time na conquista do Estadual daquele ano. Ao final da temporada, teve o passe readquirido pelo Tricolor, por R$ 1 milhão, uma fortuna na época. Justificou o investimento de cada centavo.
O ano de 1999 foi um marco na carreira de Ueslei. Pela primeira vez, foi escalado para jogar como centroavante pelo então treinador Joel Santana e, como se diz na gíria, “bagunçou”. Com gol de todo jeito, driblando meio time, de dentro da área, de fora, de cobertura, ajudou o Bahia a ser Bi do Estadual e a fazer uma honrosa campanha na Copa do Brasil. Foi ainda artilheiro da Segundona daquele ano, com 26 gols e goleador máximo do futebol brasileiro na temporada, com 54 tentos assinalados.
Segundo a assessoria de imprensa tricolor, “por tudo que Uéslei foi e ainda é, a volta do craque representa um reforço na auto-estima do torcedor do Bahia. Motivo de orgulho, extrema satisfação, deleite e esperança em dias melhores para o Bicampeão Brasileiro. Fica aqui expresso o desejo para que o pitbull possa, novamente em sua casa, reviver os melhores dias e ponha de volta o sorriso no rosto deste torcedor que tanto anseia por alegrias, e as merece como poucos”.
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