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Bahia completa 70 jogos sem repetir uma escalação

Notícia
Historico
Publicada em 1 de março de 2012 às 21:21 por Da Redação

“Fernando, Arilton, Luizão, Nen e Ávine; Fábio Bahia, Marcone, Hélder e Morais; Adriano e Jael. No dia 2 de novembro de 2010, esse time entrava em campo para deixar o torcedor do Bahia com saudade. Não, não foi com essa equipe ou nesse dia que o Tricolor jogou contra a Portuguesa e carimbou seu retorno à Primeira Divisão (foi no dia 13/11, onze depois). A saudade é outra. Acredite torcedor: há exatos 483 dias ou, se você preferir, 69 jogos, o Esquadrão de Aço repetia pela última vez seus titulares de uma partida para outra”.

O texto acima é o início da coluna de Luiz Teles no jornal A Tarde de terça-feira (28/2). Portanto, antes da goleada de 5 a 1 sobre o Camaçari, em Pituaçu, o que faz a contagem ser ainda maior –segundo ele, um recorde mundial. Vale conferir o restante do artigo, abaixo:

“Não peguei os anos de ouro do futebol brasileiro, quando era possível decorar as linhas não apenas do seu time de coração, mas também as dos adversários. Entre 1950 e 1980, a dinâmica entre titulares e reservas, entre jogadores e clubes, entre clubes e empresários, era inteiramente diferente. Hoje, nem mais os especialistas têm domínio sobre o assunto.

Salvo raríssimas exceções, no máximo, conhecemos os melhores atletas de cada elenco. Entretanto, esta condição não tira o inusitado da situação tricolor, que dentre os times dos principais campeonatos nacionais do planeta (Italiano, Espanhol, Inglês, Alemão e Brasileiro) é o único clube com esta marca negativa.

O tabu de um ano e quatro meses do Bahia não tem qualquer tipo de grande implicação para o clube. O principal prejuízo ocorre apenas a médio prazo, por conta de uma dificuldade maior de entrosar o elenco. Contudo, o fato, por si, é grave. Porque não devemos olhá-lo sob a perspectivas de suas consequências, mas dos motivos que o ocasionaram.

A marca negativa do Bahia é fruto, sobretudo, dos sete anos longe da elite do futebol brasileiro e das consecutivas más administrações que teve o tricolor ao longo das duas últimas décadas. A inconstância das escalações é reflexo direto dos anos de instabilidade financeira, do troca-troca interminável e injustificável de técnicos, da falta de critério nas contratações, quase sempre com acordos por empréstimo, de curto prazo.

Há de ser ressalvar que hoje o Bahia vive tempos melhores, mais estáveis. Ainda não tem uma saúde financeira sólida, mas já deixou a beira do abismo. Se hoje o técnico Falcão não consegue escalar o mesmo time em dois jogos seguidos, isso acontece por outras mazelas do nosso futebol, como a falta de uma pré-temporada longa, ou o excesso de jogos em um curto período de tempo, o que não permite que os atletas se recuperem de contusões simples ou mesmo que tenham de ser poupados para evitar futuras lesões”.

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