Nem na insuficiente campanha do ano passado o panorama chegou a ser tão crítico. Pela primeira vez em dois anos de Série C, o Bahia corre sério risco de não se classificar na competição. Neste domingo à noite, o time levou 3 a 2 do Rio Branco, de virada, no Acre, e caiu para o 2º lugar do Grupo 25.
Só que a situação não é tão simples quanto pode parecer. Faltando apenas duas rodadas para o fim da terceira fase, o Tricolor (que tem 7 pontos) encara o agora líder ABC (9), quarta à tarde, em Natal. Se não conseguir pelo menos empatar, e o Rio Branco (6) vencer o quase eliminado Fast no Amazonas, a equipe de Arturzinho, Accioly & Petrônio tem chances de morrer na praia, em plena Fonte Nova, mesmo derrotando o Fast no próximo domingo.
O Esquadrão alcançaria os 10 pontos, é verdade, porém o ABC já teria 12 e enfrentaria – totalmente despreocupado – o Rio Branco, com 9, doido para garantir a sonhada vaga diante de sua torcida. Aí, já era octogonal.
O Bahia abriu o placar aos 43 da etapa inicial, sofreu dois gols em 8 minutos de segundo tempo, arrumou o empate aos 35, mas recebeu uma ducha de água fria aos 41. E ainda amargou a expulsão de Nonato, nos acréscimos.
O JOGO – Bem no começo, o time desperdiçou boas oportunidades com Nonato e Charles, que se sentiu mal aos 25 e pediu para sair. Entrou Moré, que após mais um lance perigoso, desta vez de Preto, recebeu do próprio meio-campista antes de chutar cruzado, no canto direito do goleiro Marcus Vinícius: 1 a 0.
Na volta dos vestiários, todavia, pane geral na defesa azul, vermelha e branca. Aos 6, o zagueiro Eduardo errou ao tentar driblar na meia-cancha, Juliano César aproveitou bate-rebate na área e fuzilou. Logo em seguida, quem falhou foi o lateral-esquerdo Adilson e Marcelo Brás mandou com curva: 2 a 1.
Aos 12, Arturzinho trocou Preto por Ávine. Aos 26, Ávine por Danilo Gomes. Na coletiva, o treinador alegou que além de não gostar do desempenho do antigo camisa 6, este teria sofrido uma pancada que lhe deixou mancando.
Aos 33, a esperança: o goiano Marcos Rassi Fernandes vê pênalti em Nonato. Passada uma grande confusão, quando até um chinelo arremessaram das arquibancadas, ele mesmo soltou a bomba, isolou-se na artilharia do torneio, manteve a média de um gol por partida e sacramentou o resultado igual.
É amigo, mas que coisa! Aos 39, o árbitro compensa a penalidade, Márcio pula no lado certo, porém a cobrança de Lei encontra as redes. Festa de uma torcida que lotou a Arena da Floresta, cansou de fazer a famosa “ôla” e encerrou as comemorações, com chave de ouro, no cartão vermelho direto de Nonato.
“Inconformado” com a “cera” do arqueiro alvirrubro, o atacante chutou a bola em cima do atleta, que se encontrava caído no gramado. Escapou da agonia que será no Frasqueirão. Frustrante, decepcionante, desmotivador.
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