Mesmo com um futebol pouco criativo, o Bahia conseguiu garantir sua vaga à próxima fase do Estadual. Atuando na Fonte Nova, com um homem a mais desde os 5 minutos do primeiro tempo e ainda tendo a vantagem de perder por um gol de diferença, o Tricolor sofreu para derrotar o Fluminense pela contagem mínima, deixando sua torcida irritada com a atuação da equipe.
Nas semifinais, o Bahia enfrentará o vencedor do duelo entre Catuense e Juazeiro, que, após o 1×1 na partida de ida, fazem neste domingo, em Juazeiro, o jogo de volta, com o time da casa atuando com a vantagem do empate para avançar no torneio.
O Bahia mostrou no primeiro tempo que é uma equipe muito carente em termos de opções ofensivas. Desde o início da temporada, o tricolor tem como repertório apenas os lances de bola parada e as jogadas pela linha de fundo. Sem criatividade e talento para atuar com penetrações e chutes de longa e média distâncias, e ainda sem jogadores de meio-campo para dar suporte ao ataque e aproveitar também os cruzamentos à área, o time comandado pelo técnico Hélio dos Anjos sofre toda vez que encontra uma defesa fechada, como a do Flu de Feira neste sábado.
O treinador iniciou a partida com um esquema tático um pouco diferente do que o Bahia vinha apresentando, promovendo a estréia do meia Rafael como titular no lugar de Luís Alberto. Só que o debutante não correspondeu às expectativas. Seu futebol não foi efetivo nem no ataque, muito menos na defesa, que se ressentiu também da falta de ritmo do zagueiro Fernandão, que atuou no lugar de Leonardo, vetado por conta de uma indisposição estomacal.
Mesmo com um atleta a menos em campo desde os cinco minutos de jogo, o Fluminense não perdeu o controle e explorou com facilidade a falta de velocidade dos adversários e as subidas descoordenadas dos laterais Paulinho e Badé. O time do interior não dominou a partida, mas nos contra-ataques ameaçou por várias vezes o gol de Márcio, tendo quase o mesmo número de chances do Bahia na etapa inicial.
Do lado de fora dos vestiários foi possível ouvir a bronca de Hélio dos Anjos com o seus jogadores no intervalo. O treinador cobrava mais empenho e pressão sobre o time de Feira. De certa forma, o Bahia passou a atuar mais no campo do adversário e praticamente anulou o Fluminense no segundo tempo. Contudo, o tricolor sofreu com sua falta de recursos ofensivos e só melhorou nesse quesito a partir dos 25 minutos, com a entrada de Luís Alberto no lugar de Rafael. Com mais ritmo de jogo e presença constante na área, o meia tornou o Bahia mais incisivo e o gol passou a ser questão de minutos.
Assim, aos 35, o próprio Luís Alberto acabou premiado, marcando o gol da vitória do Bahia. Depois de dois cruzamentos na área e duas saídas estranhas do goleiro Rafael Córdoba, a bola sobrou para o meia, que, de cabeça, tocou para o gol desprotegido. O tricolor da capital ainda teve chances para ampliar, mas foi infeliz nas conclusões, que ou iam para fora ou morriam nas mãos de Rafael (que evitou pelo menos cinco gols na Fonte Nova). Mesmo com o triunfo, a galera não poupou o time e vaiou os jogadores assim que o árbitro deu o apito final.
Correio da Bahia (Adaptado)
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