E o Tricolor insiste em não vencer quando Pituaçu está lotado. Pela terceira vez em cino partidas com todos os 32.157 ingressos vendidos no Brasileirão, o Bahia perdeu em casa. Nas outras duas, não passou de um empate. Em todas as derrotas, para completar, houve adversários alvinegros (Corinthians, Santos e neste domingo o Vasco, por 2 a 0) e sempre o uniforme tricolor.
(o outro tropeço foi ante o Grêmio, na estreia de Joel Santana)
Não que o culpado obviamente tenha sido a camisa. Claro que não. A atuação diante dos cariocas foi das piores na competição. Mas, justamente no momento em que tem a chance de obrigar o rival a atuar de preto, cor que absorve mais calor, em pleno sol das 15 horas em Salvador, a diretoria do Esquadrão inventou de entrar listrado. Começou a perder ali.
Não bastasse, a rodada foi ruim, com triunfo de quatro dos concorrentos diretos, e a zona de rebaixamento caiu para quatro pontos de distância, faltando sete partidas para o final.
Mais um motivo de preocupação: o próximo compromisso, domingo, é nada menos do que contra o Figueirense, uma das sensações do Nacional, invicto há dez confrontos e ainda com chances reais de se classificar para a Taça Libertadores. E dentro de Florianópolis.
O técnico Joel Santana inventou na escalação.
Ele resolveu escalar o atacante Reinaldo na vaga aberta pelo experiente meia Ricardinho. Apesar disso, a armação de jogadas não ficou com Maranhão, nem Lulinha e tampouco Camacho, mas o também atacante –e cada vez pior– Jones, recuado, com Souza na frente.
Não deu certo.
Embora o Bahia tenha feito um início arrasador, com Dodô chutando na rede pelo lado de fora e Fabinho mandando uma bomba na trave do goleiro Fernando Prass, o Vasco foi reequilibrando as ações e, numa bela tabela, aproveitando vacilo da defesa baiana, abriu o placar.
Aos 23min, o veterano Felipe tocou para Diego Souza, a bola bateu no vascaíno, o zagueiro Titi se antecipou errado e o próprio Felipe pegou de volta para finalizar bonito no ângulo do goleiro Marcelo Lomba, em tiro da entrada da área.
O Bahia sentiu o lance e, a partir daí, passou a errar toques no meio de campo, principalmente com Fabinho e Jones.
Já o Vasco, que teve um gol mal anulado aos 16min, ainda teve chance de ampliar, porém Marcelo Lomba salvou os anfitriões.
Os times retornaram do intervalo iguais, contudo o Vasco permaneceu mais consistente e desperdiçou mais duas oportunidades, com Éder Luís e Fágner.
O Bahia não conseguia criar nada, batia cabeça, e chegou a sofrer o segundo gol já nos acréscimos, aos 47min, quando Fernando Prass cobrou tiro de meta, houve uma disputa no meio e a bola sobrou para Diego Souza dar um leve toque no cantinho de Lomba.
O Bahia, que até esse jogo se orgulhava de ser o “Rei do Rio”, após não perder para nenhum dos outros cariocas, com três triunfos e quatro empates, conheceu o primeiro tropeço e permanece com o fantasma de rebaixamento assustando.
Leia Também
Rodada começa ruim e tem triunfo de próximo rival
Clique aqui e saiba tudo sobre a Série A 2011
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.