Já era hora. O “gato de botas” do Bahia vai perder suas regalias no clube. Ontem o presidente Marcelo Guimarães avisou que, a partir de hoje, não quer o empresário André Cury no Centro de Treinamentos e pediu ao superintendente Miguel Kertzman para comunicar-lhe a decisão.
O cartola observa que o Tricolor sempre teve boas relações com outros procuradores de atletas, mas ressalta que Cury é inconveniente: “Ele fica aqui enchendo o saco todo dia. Não quero ele mais acompanhando os treinos da equipe no Fazendão e nem desfilando pela sede administrativa. Quando o treino for na Fonte Nova ou em Pituaçu, não posso impedir que isso aconteça, mas vou recomendar que ele fique de longe e não vá a campo conversar com os jogadores”.
Por ainda manter relações comerciais com o empresário (jogadores que ele colocou no Bahia ainda estão no clube), o presidente disse que vai exigir que este tenha o mesmo comportamento de outros empresários e só apareça na hora de defender os interesses de seus atletas, na hora de renovar ou rescindir contrato, lembrando que isso pode ser feito por telefone ou em algum restaurante da cidade.
“Aqui ele termina atrapalhando, porque fica pelos cantos conversando com os jogadores, dando palpites e, quem sabe, até aliciando os garotos das divisões de base, como aconteceu com o goleiro Vitor, do Vitória-BA, que foi levado para o PSV”, conta.
André Cury hoje é persona non grata da torcida do Bahia. Ele foi expulso do rubro-negro pelo presidente Paulo Carneiro e, depois de ajudar a colocar o Tricolor na Segundona, quando indicou o técnico Edinho para substituir Lula Pereira, terminou trazendo vários atletas sem condições técnicas de vestir a camisa do Esquadrão. O time está dando vexame também na Série B. Por essas e outras é que, nos jogos na Fonte Nova, ele só comparece ao estádio acompanhado de quatro seguranças.
Correio da Bahia (Adaptado)
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