O Esquadrão de Aço foi o grande vencedor do “clássico dos desesperados”, disputado neste sábado à tarde: a equipe derrotou, em pleno Palestra Itália, o Palmeiras, por 2 a 1. Além de dar um novo ânimo para a disputa do Brasileirão, o triunfo fez a equipe – que agora acumula 11 pontos – se distanciar um pouco da zona de rebaixamento.
É fundamental ressaltar que o primeiro resultado positivo do Tricolor longe de seus domínios foi amplamente merecido, haja visto que o time foi melhor durante praticamente toda a partida.
Ignorando o fato de estar jogando fora de Salvador e contra um clube que necessitava ganhar a qualquer custo, o Bahia já começou atacando. Em menos de 5 minutos de jogo, Nonato havia desperdiçado nada menos que duas oportunidades, sendo que a última foi uma excelente chance de inaugurar o placar.
No lance, Ramos cruzou da direita, na medida para o atacante que, sozinho na área, bateu de primeira, mas a bola saiu fraca demais, decepcionando a Nação Tricolor.
Em seguida, o Verdão tentou chegar numa cabeçada, porém sem perigo à meta de Emerson. E não demorou muito para o forte domínio do Bahia se traduzir em gol.
Aos 14 minutos, graças ao sucesso de uma cobrança de falta ensaiada (fato incomum nos últimos tempos), a equipe tirou o zero do marcador. Geraldo cobrou da direita, rolando a bola rasteira para o meio da área, onde encontrou Gil Baiano que, de primeira, fuzilou no canto esquerdo de Marcos.
Cinco minutos depois, quase acontece um replay, só que desta vez pelo lado canhoto e com Gil Baiano tocando para Geraldo. Todavia, o chute não saiu tão forte, facilitando a tarefa do goleiro pentacampão mundial.
O Palmeiras “assustava” somente quando o lateral-direito Leonardo fazia jogadas de efeito. Numa dessas, ele deixou Dodô em uma ótima posição para o arremate, no entanto Marcelo Souza se antecipou ao atacante e fez o corte.
Aos 26, por muito pouco o Bahia não amplia a vantagem. desperdiçando. Após lançamento para a área, a bola desviou na zaga e sobrou limpa para Geraldo, que deu um belo chute, forte e cruzado. Porém, a bola acabou indo, caprichosamente, para fora.
Logo em seguida, outra chance de ouro: Gil Baiano entrou na área, passou por Marcos e, desequilibrado, chutou para o gol vazio (provavelmente, se ele caísse o árbitro apontaria pênalti). Assim, a bola saiu vagarosa, dando tempo para Leonardo fazer o corte. Só que quando parecia que o perigo tinha cessado, ele se atrapalhou com Alexandre na área, gerando uma grande confusão que por pouco não foi aproveitada por Daniel.
Aos 41, ocorreu talvez uma das únicas boas oportunidades do Palmeiras marcar. Dentro da área, Nenê ajeitou para Dodô, mas ele frustrou a torcida do Verdão, batendo por cima.
No segundo tempo, inúmeras chances foram perdidas pelo Esquadrão de Aço, que poderia ter voltado para Salvador com um placar elástico.
Para se ter idéia disto, logo aos 25 segundos, Calisto foi até a linha de fundo e cruzou. A bola passou por Nonato, mas não por Gil que, na pequena área, chutou para fora.
Aos 7 minutos, o meia que atuara como atacante invadiu a área, gingou para os dois lados e finalizou rasteiro. A redonda quase passa por debaixo das pernas de Marcos, mas ficou apenas na impressão. Um minuto depois, Nonato recebeu na esquerda, dentro da área, e chutou, obrigando o arqueiro alviverde a fazer uma ótima defesa.
E blitz tricolor continuava. Logo em seguida, Gil Baiano cobrou escanteio no primeiro pau. Valdomiro subiu mais que todo mundo, mas cabeceou para fora, tirando tinta.
Aos 21 minutos, novamente Bebeto Campos perdeu uma chance inacreditável. Nonato recebeu lançamento na direita e rolou para a esquerda, onde encontrou Bebeto absolutamente livre. Ele teve tempo e espaço para dominar, entrar na área e esperar a saída de Marcos, mas chutou para fora.
Como quem não faz, leva, aos 26 minutos, após cobrança de falta de Leonardo, da direita, Alexandre desviou de cabeça e deixou tudo igual. Com o empate, o Palmeiras cresceu e passou a ditar as ações da partida. Aos 28, Dodô teve a melhor chance do “Porco”. Após cruzamento da direita, ele cabeceou, da pequena área, mas felizmente a bola foi para fora.
Enquanto o tempo passava, mais sofrimento. Ademais, Acioly, Pingo e Kena entraram nos lugares de Marcelo Souza, Carlinhos e Nonato, respectivamente.
Quando todos já esperavam pelo pior, aos 43 minutos, Daniel fez uma bela jogada pela direita, puxou para a o meio e deu um ótimo passe para Geraldo, que estava com os dois braços levantados pedindo a bola. Depois de receber na equerda, ele dominou e chutou forte, no ângulo superior direito de Marcos, fazendo um golaço.
A justiça foi feita no Parque Antártica. A partir do tento, passaram-se cinco “intermináveis” minutos, até o momento do término do jogo e do início da celebração tricolor.
O próximo compromisso do clube é contra o São Paulo, quarta-feira às 20h30min, na Fonte Nova.
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