Fim de jogo no Distrito Federal. Numa partida marcada por dois erros cruciais do desconhecido e caseiro árbitro gaúcho Jean Pierre Gonçalves Lima, como o ecbahia.com antecipou há dois dias, o Tricolor perdeu para o Brasiliense e vai complicando um acesso que parecia mais do que certo, com alguns jogadores por vezes desleixados, depois de viajarem com um mês de salário atrasado. Confira, abaixo, matéria do portal UOL e tente não se revoltar:
“O Bahia praticamente deu adeus neste sábado às chances de conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro. Na Boca do Jacaré, a equipe tricolor ficou duas vezes à frente do Brasiliense, tomou a virada, e foi derrotada por 3 a 2. Com 59 pontos e na terceira colocação, ficou a cinco do líder Coritiba, tendo o Figueirense, que joga mais tarde, entre eles.
Esta 34ª rodada só não foi pior porque o Sport, primeiro time fora do G-4, perdeu de virada para o São Caetano e a diferença entre os baianos, terceiros, e os pernambucanos, quintos, ainda é de cinco pontos, a quatro jogos do final do torneio.
Na próxima rodada, porém, o Bahia tem jogo decisivo contra o América-MG, seu concorrente dentro do G-4, que tem um ponto a menos do que os 59 do time baiano. O jogo acontece na terça-feira, desta vez não na Boca, mas na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, casa do time mineiro.
Na outra ponta da tabela, a vitória do Brasiliense mantém a equipe na zona de rebaixamento, mas agora mais perto de deixar as quatro últimas posições, uma vez que Náutico e Icasa têm apenas um ponto a mais e o Vila Nova, que ainda joga neste sábado, dois.
O jogo
Com promoção de ingressos lançada pela diretoria do Brasiliense, a Boca do Jacaré recebeu público bem maior do que o de costume na Série B. Com o Bahia muito perto de subir, a torcida baiana também compareceu em peso, deixando o Serejão em clima de decisão.
E as duas equipes entraram no clima da torcida. O Bahia, porém, tinha mais espaços, graças principalmente à marcação frouxa em cima de Morais, principal articulador do time. O Brasiliense, precisando vencer para fugir do rebaixamento, jogava para frente também, deixando o jogo aberto e gostoso de ser assistido.
Os buracos na defesa candanga permitiram que o Bahia saísse na frente aos 17min. Everton recebeu de Adriano, não fez a tabela, que parecia a melhor saída, invadiu a área com uma passada larga e bateu cruzado, no canto direito de Eduardo, abrindo o placar.
Dois minutos depois, o Brasiliense chegou ao empate. Após cruzamento da direita, Aloísio matou no peito e tentou três vezes dominar a bola. Enquanto a defesa do Bahia pedia um toque na mão do camisa 9, Adriano Felício pegou o rebote, mandou uma bomba e deixou tudo igual no placar.
O Bahia voltou à frente aos 19min. Morais cobrou falta rápido e achou Adriano livre na área. O atacante deu um lençol em Eduardo e foi agarrado pelo goleiro. Pênalti indiscutível, mas o juiz deixou de expulsar o jogador, último homem, que impediu o gol claro do atacante.
O mesmo Adriano pegou a bola e, contrariando a orientação para que Morais fosse o batedor, cobrou o pênalti e fez o 12º gol dele na Série B, deixando Jael para trás na briga pela artilharia da equipe. Curiosamente, este foi o primeiro gol de Adriano fora da Bahia no torneio.
Com os donos da casa atrás do empate, o jogo continuou aberto. O Brasiliense levava perigo sempre pelos pés de Djavan. Quando ele teve que usar a cabeça, porém, perdeu chance clara, com o gol aberto, de peixinho, no começo do segundo tempo.
Aos 17min, finalmente o camisa 11 conseguiu furar a defesa baiana. Ele recebeu nas costas da zaga (após falha de Morais), completamente impedido, fintou Nen, trocou a bola de perna, esperou Fernando cair, e bateu com categoria no ângulo esquerdo do gol do Bahia para empatar novamente o jogo. Seguindo em cima, o Brasiliense virou aos 32min. Ruy entrou na área, driblou o goleiro pela esquerda e só rolou para Ferrugem empurrar para o gol vazio.”
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