A torcida tricolor tomou 80% do estádio de Pituaçu na expectativa da vitória no Bavi deste domingo, mas não saiu triste com o 0 a 0 depois do último sopro no apito de Arílson Bispo da Anunciação. Afinal, o Bahia atuou a maior parte do jogo com um a menos o goleiro Marcelo foi expulso -, jogou mais e criou melhores chances de gol que o adversário.
Não fosse o preciosismo nas chances cruciais que teve para matar o jogo, o Bahia poderia ter saído de Pituaçu com uma vitória consagradora no primeiro clássico no estádio após sua reforma. O quarto Bavi da história do Roberto Santos foi também o mais prestigiado 30.423 pagantes estabeleceram o novo recorde do estádio.
Se fica a frustração por ter jogado fora a chance de vencer o clássico pela segunda vez seguida, resta o alívio de não ter perdido para o maior rival em casa. O pior poderia ter acontecido se a arbitragem assinalasse pênalti claro sobre o meia rubro-negro Ramon, puxado pela camisa por Patrício, aos 24 minutos do segundo tempo.
O 0 a 0 interrompeu a série de sete vitórias seguidas do Bahia em Pituaçu seis pelo Estadual e uma pela Copa do Brasil. Foi a primeira vez que a torcida não gritou gol desde que o clube voltou a mandar seus jogos no estádio.
O resultado manteve o Bahia na vice-liderança do Baianão 2009, com 35 pontos, contra 38 do Vitória. O esquadrão tem uma partida a menos e volta a campo na próxima quarta, para encarar o Atlético, em Alagoinhas.
O jogo
O torcedor tricolor ficou ressabiado com a surpreendente escalação do técnico Gallo, armando o time com três volantes Rogério, Leandro e Élton. Foi a alternativa adotada para suprir a ausência do meia Léo Medeiros, vetado pelo departamento médico. Outra surpresa foi a ausência de Rubens Cardoso, também vetado pelo DM, que deu lugar a Ávine.
A formação excessivamente defensiva, na teoria, não se confirmou na prática. O Bahia foi para cima do rival e criou duas boas chances, em chutes cruzados, de Elton e Helton Luiz. Um cruzamento venenoso de Patrício também exigiu trabalho de Viáfra.
O Vitória não assustava. Apesar da reestréia de Ramon no meio e da volta de Nádson, o rubro-negro criava pouco e só tinha ensaiado marcar numa cobrança de falta do estreante bem defendida por Marcelo, que voltava à meta tricolor após 46 dias de afastamento.
Mas o retorno de Marcelo durou apenas 22 minutos, quando ele fez falta dura em Apodi fora da área, tomou o segundo amarelo e foi expulso. Fernando reassumiu o gol e Gallo teve que sacrificar o meia Helton Luiz, que vinha tendo boa atuação.
A expulsão de um tricolor sugeria um crescimento do Vitória. Mas ficou só na sugestão. Bem posicionado em campo, o Bahia marcou forte, não deu espaços para o rival e ainda armou bons contra-ataques.
O rubro-negro só voltou a levar perigo aos 40 minutos, num chute de Bida em que Fernando apareceu bem.
No segundo tempo, o técnico do rival, Mauro Fernandes, foi para o tudo ou nada. Com um homem a mais, tirou o volante Ramires e colocou o meia-ofensivo Rafael Bastos. Gallo respondeu trocando o atacante Reinaldo Alagoano pelo volante Williames. A mudança fez com que o meia Elton fosse adiantado e passasse a atuar na frente, ao lado de Beto.
No duelo tático, Gallo levou a melhor, porque o Bahia, apesar de ter menos posse de bola, continuou controlando as investidas adversárias e tendo as melhores chances de balançar as redes.
Aos 18 minutos, Elton recebeu lançamento perfeito de Willames, invadiu a área, livre de marcação, demorou a chutar, se enrolou com a bola, chegou a servir Beto, mas o baixinho estava impedido.
Aos 36, novo grito de uh! da nação tricolor. Após escanteio, Evaldo voou bonito, de peixinho, colocou a boa no canto, mas ela saiu pela linha de fundo, sob o olhar de um Viáfra imóvel.
A única chance real do Vitória no segundo tempo foi um chute cruzado de Apodi, de dentro da área, que exigiu mais uma boa intervenção de Fernando, que mostrou segurança e foi um dos destaques do Bavi.
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