Bahia lasca Leão com juba alisada em banda

Polêmicas, expulsão, golaço, provocações e estreia pé quente do treinador Vágner Benazzi. Assim foi o Ba-Vi deste domingo, em Pituaçu, com o triunfo tricolor por 2 a 0. O Esquadrão se recuperou no Campeonato Baiano da maneira que a torcida queria, terminando a partida colocando o rival na roda. Apesar do resultado, o time segue em quinto no Grupo 1.

O jogo começou corrido e com muita vibração. Faltas e carrinhos não faltavam. Demorou um pouquinho, mas as equipes se soltaram. O Bahia era um pouco melhor. Aos 16, Ramon deu passe primoroso para Ávine que, dentro da área, na linha de fundo, cruzou muito alto e perdeu a primeira grande chance. Jones e Rafael estavam de boa para marcar. Contudo, o Vitória também criava e foi melhorando com o passar do tempo. Aos 22, Ernani cobrou escanteio da esquerda, a zaga ficou plantada e Alison, sozinho, pegou o vôleio de raspão e mandou para fora.

O troco veio no minuto seguinte. Ramon lançou Hélder, que deu um chapéu em Júnior Timbó dentro da área e, de frente para o gol, chutou fraco, para fora. Aos 28, Rildo fez um carnaval pela direita, colocou entre as pernas de Ávine, invadiu a área e rolou para Nino, que chutou fraco, sem incomodar Omar. Aos 34, Jones passou para Ávine que, de dentro da área, com ângulo para marcar, isolou. Livre, Rafael chiou. Aos 35, Marcos, vaiado pela torcida, furou feio e a bola sobrou limpa para Rildo, que puxou para esquerda e chutou forte. Seguro, Omar encaixou.

Aos 41, Bida mandou de longe, a bola quicou em cima do goleiro, que bateu roupa. Na sobra, Omar se recuperou e abafou o chute de Neto Baiano. Aos 42, os rubro-negros reclamaram de pênalti de Ramon em Elkeson. Jaílson Macedo Freitas mandou seguir. Contudo, quando o Vitória era melhor, o troco com juros e correção veio aos 44.

Hélder rolou fraco para Marcone, mas Ernani furou bisonhamente ao tentar cortar. O volante tricolor ajeitou e, de três dedos, mandou uma bomba no ângulo, sem chances para Viafara, marcando um golaço. A bola ainda bateu no travessão antes de morrer no fundo das redes.

Para dar mais criatividade, Antônio Lopes voltou para a segunda etapa com Geovanni no lugar de Júnior Timbó. Logo aos 3, o meia mostrou a que veio. Nino cobrou lateral direto para a área, a zaga cortou errado e a bola sobrou. De meia bicicleta, o estreante arriscou um golaço, mas foi travado por Marcos. Aos 6, contra-ataque muito rápido do Bahia. Jones recebeu na frente de Ramon, tabelou com Hélder, mas demorou a chutar e acabou travado na hora do chute. Aos 11, Ramon deu ótimo lançamento para Ávine, mas, em uma tarde não muito boa, o lateral rolou errado para trás. Ainda assim, por pouco, Hélder não aproveitou.

Aos 13, blitz tricolor. Em um único lance, Rafael –duas vezes– e Jones, perderam, da pequena área, a chance de ampliar. Aos 20, após cobrança de escanteio, Uellinton deu uma cabeçada em Rafael Jataí e foi expulso. O bandeirinha entregou. A vantagem numérica logo fez efeito.

Aos 23, Ernani deu uma tesoura em Marcone dentro da área e o árbitro marcou. Aos 25, Ávine cobrou com cavadinha e Viafara defendeu, porém o colombiano estava avançado e o assistente mandou voltar. Irônico, o goleiro, agarrado nas redes, tentou provocar a torcida do Bahia. Depois de muita confusão, aos 28, desta vez com seriedade, Ávine bateu forte, no ângulo esquerdo, e ampliou. Na comemoração, tirou uma ondinha com Viafara, na resenha.

A partir daí, o tricolor só fez administrar, fazendo a festa da galera, que não perdeu a chance de gritar olé nas arquibancadas. Já nos acréscimos, Neto Baiano não aguentou as provocações de Ávine com a torcida e pegou o lateral. Cartão vermelho e uma reclamação sem graça: “Ávine é juvenil, não foi pra lugar nenhum ainda. Eu não fiz nada, fui na bola”, chiou. A reclamação não valeu. Não deu tempo para mais nada.

Bahia Notícias (Adaptado)
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