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Bahia: O Dono do Nordeste (De Novo!)

Notícia
Historico
Publicada em 12 de maio de 2002 às 18:32 por Da Redação

Como Adroaldo Ribeiro Costa e Agenor Gomes afirmaram na composição do Hino do Bahia, o Tricolor conquistou nesta tarde “mais um, mais um título de glória…”. Não teve Barradão que tirasse o título do Esquadrão de Aço. Após um empate de 2 a 2, o Bahia conquistou novamente o Campeonato do Nordeste.

Desacreditado por muitos, o Bahia cresceu durante a competição e foi perfeito na fase derradeira da competição, fazendo o escore de 5 a 3 na final e sagrando-se BICAMPEÃO.

Na partida deste 12 de maio, Dia das Mães, a Nação Tricolor fez sua parte e lotou seu espaço reservado no estádio. O embate começou como já era esperado (devido o resultado do último domingo): o Vitória-BA partindo para cima e o Bahia mais recuado, com o regulamento na mão.

Logo aos 5 minutos, Allann Delon desperdiçou uma boa chance de marcar para o rubro-negro. A primeira grande oportunidade tricolor foi aos 14 minutos, depois de uma belíssima troca de passes do “Trio Elétrico” (Sérgio Alves, Robson e Nonato). Esta linda jogada culminou com a finalização de Bebeto Campos, que, na cara do gol, bateu inacreditavelmente muito mal.

O primeiro tempo seguia com o domínio territorial do time de Canabrava, mas era o Bahia o time que chegava com mais perigo. Por duas vezes, Nonato ficou em ótima condição para marcar, porém sem sucesso. A única chance singular do Vitória-BA ocorreu aos 43 minutos. Allann Delon cabeceou na pequena área mas Emerson fez uma excelente defesa de puro reflexo.

Já na etapa complementar, o Esquadrão iniciou dando as cartas. Nonato tocou de calcanhar para Chiquinho, que tentou entrar na área, driblando Índio, mas foi derrubado perto da linha da grande área. Na cobrança, Preto cruzou na área, Robson desviou e a bola passou perto da trave de Jean.

Quando se dava a impressão de que o Tricolor iria inaugurar o placar, o time de Canabrava foi rápido em desmenti-la.

Aos 6 minutos, Bebeto Campos foi envolvido numa jogada pela direita de Allan Delon, que cruzou para a área. A zaga do Bahia ficou toda atrás do corta-luz de André, que deixou Robson Luis livre para chutar no canto direito de Emerson, sem chances.

A partir daí, a peleja pegou fogo.

Com a desvantagem no marcador, o técnico Bobô resolveu tirar o artilheiro Sérgio Alves, mal na partida, para apostar na entrada de Capixaba.

Em seguida, aconteceu a defesa mais difícil e importante do jogo. Fernando tocou para Aristizábal, que na frente de Emerson, tentou encobrir o goleiro. Entretanto, o colombiano não contava com a destreza do arqueiro tricolor, que impediu um gol que fatalmente poderia dar o título ao Vitória-BA.

A oportunidade desperdiçada custou caro ao rubro-negro. Lembrando muito o primeiro gol do Bahia no triunfo de 3 a 1 no último domingo, Ramalho fez um perfeito lançamento para Nonato, que matou no peito e finalizou com categoria para o fundo das redes. Suado empate.

Mas a algazarra tricolor foi logo sucumbida. Samir, que tinha entrado instantes antes no lugar de Robson Luís, penetrou na área e num lance envolvendo Chiquinho, caiu. O árbitro Márcio Rezende marcou o pênalti, bastante duvidoso. Aos 21, Fernando cobrou bem e recolocou seu time na frente do escore.

O time de Canabrava tentou a todo custo buscar 3º tento, porém acabou abrindo espaço na defesa. Num contra-ataque, Capixaba mostrou para que entrou e, numa jogada extraordinária, fez a diferença. Ele driblou seu marcador, foi à linha de fundo e realizou um lindo cruzamento para Nonato, que “cumprimentou” Jean e acabou de uma vez por todas com as esperanças do Vitória-BA.

Devido um desentendemento durante a marcação de uma falta a favor do rubro-negro. Na cobrança, Allan Delon colocou no canto superior esquerdo do travessão, mas Emerson foi buscar, jogando para escanteio. Pouco depois, o juiz encerrou a partida, para alegria dos tricolores.

Resultado: em pleno Quintal Tricolor, a Nação Azul-Vermelho-e-Branca fez a festa. O título coroou a heróica atuação de Ramalho, as brilhantes intervenções de Emerson, a artilharia isolada de Sérgio Alves, o antes contestado e agora “iluminado” Nonato, e entre outras coisas, a primeira conquista de Bobô como treinador.

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