O domingo tinha tudo para marcar a redenção do Bahia no Campeonato Brasileiro da Série B. Depois dos apelos, a torcida não fugiu à responsabilidade e compareceu em bom número. O time teve pela primeira vez um trio de frente formado por Uéslei, Dill e Viola. Cenário perfeito para a equipe fazer as pazes com o triunfo na Fonte Nova. A última vez que o Bahia venceu em casa foi contra o CRB, há quase 40 dias. Depois disso, foram duas derrotas frente a Marília (2 a 0) e Avaí (3 a 0).
Mas o empate com o Grêmio por 1 a 1 não estava nos planos tricolores. Com 19 pontos ganhos em 16 partidas, o Bahia continua beirando a zona de rebaixamento à Série C. Após o complemento da rodada, o time se manteve em 16ª, cinco pontos abaixo do grupo de classificação à segunda fase.
O problema é que restam apenas cinco jogos. O próximo adversário tricolor é o Náutico, justamente o último do seleto G-8, no Recife. Depois, o time pega São Raimundo (casa), Sport (fora), Santo André (casa) e encerra sua participação na primeira fase contra o Paulista, no interior de São Paulo.
O Bahia começou jogando no ritmo da torcida. Mesmo com a marcação forte, os primeiros lances começaram a sair. A primeira chance de gol, no entanto, foi do Grêmio. Logo aos 3 minutos, o meia Paulo Ramos chutou cruzado e obrigou Emerson a mandar para escanteio.
O Tricolor deu o troco dez minutos depois, com Viola cabeceando para a defesa do goleiro Galatto. Aos 18 minutos, o time começou a ensaiar o primeiro gol. Paulinho roubou a bola no meio e fez tabela com Viola. A bola acabou nos pés de Dill, pela direita, mas o chute saiu fraco.
A jogada levantou o torcedor, que passou a cantar o hino do clube. Era a motivação que faltava. Aos 24, Viola mostrou que a fase é mesmo boa. O cruzamento de Dill veio no peito. O veterano atacante matou e mandou de bicicleta, no canto direito. Um gol como há muito não se via na Fonte Nova.
A vantagem incendiou a torcida e o time partiu para o ataque. Nos contra-ataques, o Grêmio chegava com perigo. Principalmente pela direita, nas costas de Luciano Amaral, por onde passearam Patrício, Marcel e Marcelo Costa. Perdido no meio-campo, Uéslei teve chance aos 44 minutos em chute forte de fora da área.
Na etapa complementar, o técnico Mano Menezes começou a mudar a partida, colocando o meia Anderson em campo. E logo aos 11 minutos Allyson se encarregou de deixar o Grêmio em vantagem numérica. O zagueiro chegou atrasado e derrubou o atacante Samuel. Como era último homem, acabou expulso.
Com um a mais, os gaúchos partiram para o ataque. Aos 18 minutos, Anderson arriscou da entrada da área e Emerson se esticou para fazer a defesa. O jovem jogador do Grêmio continuou infernizando a defesa tricolor até que aos 29 minutos recebeu dentro da área, se livrou de três adversários e rolou a bola para Samuel, que tocou de bico no canto.
O empate não esfriou o ânimo da torcida, que sofreu com a falta de homens no meio-campo. Com a expulsão de Allyson, o técnico Procópio Cardoso preferiu recuar o volante Neto e escalar Gustavo no lugar de Uéslei. O time ficou assim com três zagueiros e apenas Jair e Cícero pelo meio. O Grêmio continuou pressionando e o Bahia passou a apostar nas jogadas de contra-ataque puxados por Viola e Marcelinho, sem sucesso. Final: 1 a 1.
Correio da Bahia (Adaptado)
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