Com uma receita operacional estimada em R$ 70 milhões para 2014, o Bahia divulgou no fim de dezembro o plano orçamentário para o primeiro ano de gestão efetiva de Fernando Schmidt e sua diretoria que é formada, dentre outros, pelo assessor especial, o publicitário Sidônio Palmeira, pelo diretor financeiro Reub Celestino, pelo vice-presidente Valton Pessoa e pelo diretor de negócios Pablo Ramos.
Chama a atenção no documento a tentativa de redução de aproximadamente R$ 27 milhões nas despesas em comparação ao ano de 2013, gerido quase na sua totalidade por Marcelo Guimarães Filho e sua equipe.
“Quero dizer às pessoas que o Bahia tem jeito. Se consigo fazer um orçamento do zero e terminar positivo, o Bahia tem jeito operacional. Isso é uma grande lição”, disse Reub Celestino em entrevista ao globoesporte.com.
Tratados como grandes vilões pela nova diretoria, as despesas administrativas e os serviços terceirizados sofrerão os principais cortes. O primeiro pode ser reduzido em cerca de R$ 10 milhões e o segundo em R$ 6,6 milhṍes aproximadamente.
A entrada de capital é equivalente à de 2013 e o grupo de Schmidt procura agir conforme preconiza em seu planejamento, com uma administração fluída, limpa e equilíbrio financeiro, ao contrário do que ocorreu com MGF que gastou R$ 9 milhões a mais do que recebeu. Resta saber se os novos gestores conseguirão manter o planejamento.
No fim de 2013, a assessoria de imprensa do clube divulgou alguns feitos dos três primeiros meses da nova gestão. Dentre eles, a redução de 63% dos custos fixos do departamento jurídico, 50% dos custos administrativos da diretoria administrativa financeira e redução em todos os contratos da área de comunicação, além de encerramento de outros.
MARKETING E NEGÓCIOS
Comandado pelo diretor Pablo Ramos, o setor de marketing do Esquadrão orçou em R$ 509 mil reais os gastos para este ano, segundo orçamento publicado pela diretoria financeira. A tabela mostra o valor dividido entre os meses de 2014, o que equivale a parcelas próximas de R$ 42.375 para cada mês.
De acordo com a lista de funcionários publicada pelo clube em 18 de dezembro de 2013, o departamento de marketing conta com Pablo Ramos e três empregados: O analista Danilo Rodrigues Oliveira, o coordenador Lenin Stiebler Pedreira Franco e o gerente de negócios Lucas Carvalho Magalhães.
Além do markerting, como diretor de negócios Pablo relatou custos de R$ 7,3 milhões para cuidar de despesas com pessoal, negociação com atletas, custos administrativos e de serviços durante 2014. É o maior centro de custos do Esquadrão após as áreas de futebol profissional e de base. Veja tabela completa abaixo:
DIVISÕES DE BASE
Extremamente valorizada pelo gestor de futebol William Machado na primeira coletiva de 2014, a área cujo superintendente é Miguel Kertzman e tem 50 profissionais na comissão técnica entre massagistas, boleiros, preparadores e coordenadores, terá R$ 625 mil por mês de custos.
“Este ano iniciaremos com 13 atletas da base, ano passado foram seis. Outra coisa, estou viajando domingo para assistir o jogo da Copa São Paulo, Bahia x Portuguesa. Temos que ter aproximação e atitudes. Queremos aproveitar o máximo a base. Foi uma tradição do clube e nos últimos anos deixou de se revelar o que tem capacidade. O Bahia é o maior clube do nordeste. Temos que ser um polo de referência”, disse Machado nesta segunda-feira.
Em 2011, a base chegou a ter orçamento de apenas R$ 200 mil mensais. Na época o setor era comandado por Newton Mota.
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