Um dos criadores do irreverente blog “Bora Bahêêêa, minha porra!!”, o publicitário Marcos Carneiro perdeu a paciência. Após deixar Pituaço na noite desta quarta-feira, ele desabafou, em discurso que parece ressoar o sentimento reinante da Nação azul, vermelha e branca:
“O PIOR TIME DO BAHIA QUE VI NA VIDA
Eu nasci em 1978. Mil novecentos e setenta e oito. De lá pra cá vi o Bahia ser bicampeão brasileiro, vi a nossa moeda mudar diversas vezes, vi vários presidentes (inclusive uma mulher), vi o Brasil ganhar duas Copas, vi o tricampeonato e a morte de Ayrton Senna, vi a morte dos Mamonas e de meu pai também (saudades da porra dele), vi a internet nascer, vi 3 sobrinhos estrearem (todos tricolores), vi o Muro de Berlim cair, vi a Guerra Fria acabar, enfim, vi coisas que até Deus duvidaria. Só não vi duas coisas desde que nasci: o vicetória ser campeão nacional e o Bahia perder dentro de casa pra bambizada freguesa.
Já vi times excelentes, ótimos, bons, meeiros, péssimos e ridículos do Bahia, mas mesmo os times de mierda que o Bahia já montou brocava o são paulo. Goleava até. Sem piedade. Não importava se o time paulista vinha pra cá com Raí, Leonardo, Rogério Ceni, Luís Fabiano ou tantos outros no auge, não fazia diferença se o Baêa estava na zona de rebaixamento, com salários atrasados e jogadores decadentes, só importava que o Bahia ganhava ou na pior das hipóteses empatava.
Nosso novo treinador disse que faltava alma ao Bahia. Pra mim falta é coração. UM BANDO DE SACANA QUE GANHA MILHARES DE REAIS PRA JOGAR BOLA E NÃO HONRA A CAMISA DO BAÊA PRA MIM NÃO TEM CO-RA-ÇÃO! Se tivessem, se sofressem o que o torcedor sofre, esses porras iriam entender, mas não. Esse time aí não tem alma, coração ou sequer culhão! Um time que jogando em casa não se impõe nunca, que só ganhou do frêgues sport com um gol impedido, nem é digno de raiva, apenas de desprezo.
É muito difícil torcer pro Bahia ultimamente, são muito mais decepções do que glórias, muito mais lágrimas do que sorrisos. É um bando dentro e fora de campo, que mancha nossa história, macula nosso belo manto. É o retrato da decadência que nosso clube vive nos últimos anos. Este Bahia é o reflexo dos seus dirigentes, que pensam tão grande quanto o metrô de Salvador. Triste Bahia.
Nasci em 1978. De lá pra cá vi muita coisa surpreendente, inclusive a queda de vários ditadores. Minha esperança é que o Bahia é eterno, a incompetência não.
BBMP”
(o link original pode ser visto aqui)
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