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Mais de um ano depois, nada de Estatuto…

Notícia
Historico
Publicada em 27 de outubro de 2006 às 08:40 por Da Redação

Anunciada com pompa e circunstância pela diretoria, que acreditava ter atingido ali o ápice da democracia (pouco antes da eleição do presidente Petrônio Barradas), a reforma estatutária do clube empacou de vez. O mundo avançou nos últimos 25 anos. O regimentou do Bahia, que data de 1981, não. O prazo para conclusão da atualização das leis internas do Tricolor era 30 de novembro de 2005. Passou para 31 de janeiro de 2006. E, até hoje, nada.

Foto: ArquivoIniciada numa reunião, em 12 de outubro, a reforma completou um ano de morosidade no último Dia das Crianças. As três sub-comissões despacharam seus relatórios preliminares no longínquo 24 de novembro. Dali em diante, decorreram-se meses de estagnação.

Insatisfeito com o marasmo reinante, ainda em fevereiro o diretor de produção do ecbahia.com.br, Marcelo Barreto, um dos 24 nomes da relação (composta em sua grande maioria por representantes da situação), entrou em contato com o relator do grupo, Rui Cordeiro, e tomou um susto. Segundo o então vice-presidente social do clube, ele havia se afastado de ambas as responsabilidades e já teria comunicado isso aos cartolas.

O engenheiro, que surpreendeu a todos ao ser convidado para a cúpula azul, vermelha e branca, tendo em vista a sua história ligada à oposição, alegou motivos particulares e profissionais, declarando que tem vivido a maior parte do tempo fora de Salvador. Questionado sobre o assunto, o secretário-geral da comissão, Marco Costa, que acumula a vice-presidência de marketing tricolor, retrucou que o Bahia ainda não havia recebido nada oficialmente nesse sentido.

ENGESSADA – Logo na primeira reunião reformista, ficou definida a criação de três sub-comissões para analisar o Estatuto – uma Institucional (encarregada dos artigos 1 a 50), uma Social (51 ao 80) e uma Patrimonial/Financeira (89 a 117) – e se estabeleceu o dia 30/11 como prazo inicial para a conclusão dos trabalhos. Na época, o site chegou a disponibilizar um endereço eletrônico exclusivo – [email protected] – para a torcida mandar sugestões a serem colocadas em pauta nos encontros seguintes. E assim o fez.

Em matéria de em meados de janeiro do jornal A Tarde, o presidente do Bahia Livre, Ivan Carvalho, já estranhava: “De repente, ninguém falou mais nada. Tenho a impressão de que a comissão morreu”. Rui Cordeiro discordou, alegando que o calendário dificultou as reuniões: “Deixamos passar essas festas. O que atrapalhou foi Natal, Réveillon, Lavagem do Bonfim. O pessoal viaja, ficamos sem representatividade”. As promessas não foram cumpridas: “Segunda ou terça agora, vamos nos reunir novamente para ajustar as propostas”. Previa que até o final do mês nasceria o novo Estatuto. Quinze dias depois, haveria convocação para os conselheiros votarem as mudanças. Se aprovado, o documento seguiria para avaliação da assembléia geral…

E não obstante Cordeiro sempre argumentar que a realização de eleições diretas em 2008 é “ponto pacífico”, cresce a desconfiança da Nação Tricolor, que já acusa a convocação da reforma apenas como meio de minimizar a pressão que a diretoria vinha sofrendo pós-rebaixamento à Terceirona.

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