A Era Zetti no Fazendão durou apenas sete jogos, com dois triunfos magros (1×0 Gama e 1×0 União Barbarense), dois empates (0x0 contra Guarani e Vitória) e três derrotas (1×4 Portuguesa, 0x1 Vila Nova e 2×4 Santa Cruz). Mas apesar dos péssimos números, o diretor de futebol Bobô declarou que a culpa pelo que está acontecendo no Bahia não é só do treinador.
Ele resolveu ter uma conversa séria com os jogadores, ontem, pela manhã. “Fiz ver a eles que a responsabilidade do trabalho é de todos: direção, comissão técnica e atletas. Queria deixar claro que Zetti não é culpado sozinho. O time precisa ter mais atitude e o que houve contra o Santa não pode se repetir”.
Bobô fez uma relação com o trabalho desenvolvido em 2004. Infelizmente não alcançamos o objetivo de voltar à Primeira Divisão, mas o Vadão foi mantido até o final. Este ano, em seis meses, já demitimos dois treinadores (Hélio dos Anjos e Zetti). Isto não está certo”, criticou. No entanto, reconhece que a pouca experiência do antigo comandante atrapalhou um pouco sua vida no Tricolor: “Ele ainda será um grande treinador. O Picerni tem mais experiência, exige mais dos atletas, cobrando publicamente a performance de cada um”.
Para ilustrar a falta de atitude do atual grupo de jogadores, Bobô citou o primeiro gol do Santa Cruz na derrota de sexta-feira. “O Carlinhos Bala ganhou a bola em seu campo e foi até a grande área sem que um jogador aparecesse para obstrui-lo com o ombro. Deixar para fazer a falta na área é mortal”, disse.
“O Bahia precisa voltar ao trilho dos resultados positivos, dentro e fora de casa. A situação está difícil, mas com o Picerni tentaremos reencontrar o caminho das vitórias”. Bobô explicou que a mudança é um reflexo da forte pressão, mas falou que Zetti sai também deixando bons resultados, como a revitalização de algumas pratas da casa. “Temos que reconhecer o trabalho de Zetti na aposta no futebol de Ernane, que agora está brilhando na Seleção Sub-20”.
O supervisor Roberto Passos disse que a decisão do clube foi a única possível nesta situação. “Futebol é resultado e Zetti sabe disso. Independente do caráter e do bom trabalho do treinador, a situação ficou insustentável”, disse.
A Tarde & Correio da Bahia (Adaptado)
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