Bobô solta o verbo e dispara contra direção na 104

Numa entrevista exclusiva ao repórter Márcio Martins, da rádio FM 104, o ex-diretor de futebol tricolor Bobô emitiu uma avaliação sobre o que fez o clube chegar ao ponto mais negro de sua história. Confira alguns trechos:

“Um time não pode ter três ou quatro jogadores que ficam mais tempo no departamento médico, fruto da idade avançada”.

“Eu acho que, em função do que o Viola conquistou, pelo que já possui, pela pessoa decente que é, bom irmão, bom amigo, ele teria que entender que o Bahia precisa que ele saia do clube. Ele não pode ficar ganhando sem jogar, com essa dor que nunca passa”.

“Uéslei não foi o problema, e sim a contratação de Uéslei. Primeiro que o Bahia não poderia pagar o que estava pagando a ele e segundo pagando em dia, enquanto todo o grupo estava atrasado. Houve um racha muito grande no elenco. Todos com atraso e Uéslei recebendo com dez dias de antecedência”.

“No dia em que o Dr. Luís Trócoli (dir. administrativo-financeiro) sair do Bahia aí a coisa pega. O Dr. Ruy Neto, que pode ser um grande presidente do Bahia, não é ouvido. Não tem sequer reunião de diretoria. É inadmissível, se decidia em casa e comunicava”.

“Fui porque me pediram, estou com nove meses e meio sem receber salário, mas isso não é problema. Eu entendí a situação do Bahia, mas o Bahia não entendeu a minha”.

“Nunca recebi o telefonema de ninguém (depois que saiu). Ninguém ligou. Me dói às vezes você ver na televisão pessoas que conviveram com você 4 ou 5 anos e nem sequer fala teu nome. Enaldo (Rodrigues) foi uma dessas pessoas. Eu não entendo essa mesquinhez, essa coisa pequena. Isso tem que mudar”.

“O Bahia (na divisão de base) era uma miséria, uma vergonha, não tinha lugar nem prá dormir”.