O Bahia só não pagou para jogar, na noite nesta quarta-feira, por causa do “Sua Nota É Um Show”. Se não fosse o programa da Secretaria da Fazenda estadual, o Tricolor amargaria um prejuízo considerável mesmo tendo vencido o Camaçari na Fonte Nova. Reflexo da campanha Público Zero.
Dos 2.250 ingressos colocados à venda pela diretoria, mais de 91% não tiveram saída. Os 197 pagantes proporcionaram uma renda de R$ 1.760 que, descontando despesas como INSS, arbitragem, confecção de bilhetes, aluguel do campo e transporte e lanche da PM, dá um um saldo negativo de R$ 5.091,47. Mas, graças aos vale-shows, o clube ainda recebeu alguns trocados.
Como as 10 mil entradas reservadas à promoção foram trocadas, cada uma custando R$ 4 aos cofres tricolores, o borderô registrou a entrada de R$ 40 mil. O problema é que, contabilizando-se os gastos citados acima, restou apenas 20.097,00 para o Esquadrão de Aço. Quantia que se continuar durante todo o campeonato, não terá condições nenhuma de arcar com a já enxuta folha salarial azul, vermelha e branca, de cerca de R$ 150 mil – sem falar na dos funcionários, atrasada em até 14 meses, além das dívidas trabalhistas.
MAIS – Considerando os públicos dos demais confrontos da segunda rodada do Campeonato Baiano, o jogo Bahia 2×0 Camaçari só conseguiu superar a platéia de Atlético 1×1 Colo-Colo, que teve 143 pagantes. E vale lembrar que o time em questão é de Alagoinhas e o embate ocorreu em Catu. Até o Ipitanga, que é notoriamente a equipe com menor torcida do certame, conseguiu que 289 pessoas pagassem para assistir ao jogo contra o Vitória da Conquista.
Nos outros jogos, Itabuna 0x2 Vitória recebeu 2.908 pagantes; Poções 1×0 Juazeiro, 360; e Fluminense 3×0 Catuense, 1.671.
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