Primeiro, logo após a eliminação tricolor na Copa São Paulo e ainda antes do BA-Vi, o diretor de futebol Newton Mota se dizia contra. Em seguida, com a aflição do clássico chegando, o clube resolveu incluir cinco juniores na concentração. Veio o duelo no Barradão e os principais destaques da equipe foram justamente os garotos, durante o segundo tempo. Não teve jeito. A esperada derrota provocou uma re-reformulação total no elenco: oito dispensados, um contratado e sete promovidos. Mas a torcida queria mais.
Subiram oficialmente na segunda-feira o lateral-direito Denílson, o lateral-esquerdo Avine, o volante Marcone, os meias Rafael Bastos e Ancelmo, e os centroavantes Luiz Eduardo e Marcel. A atitude foi comemorada, porém duas ausências terminaram sentidas. E como… Por que o armador Danilo Rios e o atacante Bruno César ficaram de fora? Cogitou-se que a idade deles (ainda mais jovens que os demais), 17 anos, teria atrapalhado.
Nada disso. Tal pensamento até certo ponto ingênuo deu lugar ao verdadeiro motivo: a dupla já vinha sendo negociada. O Palmeiras estaria na disputa, tendo oferecido parcos 600 mil REAIS por ambos. Pronto. Foi o estopim para uma grande revolta da Nação Tricolor. Choveram e-mails para a direção, telefonemas para as rádios e mensagens no Fórum do site. “Os cartolas não poderiam doar as nossas principas revelações na Copinha, deixando de ganhar muito dinheiro no futuro, em vez de usá-las para uma provável redenção do time. A oportunidade seria essa”, clamavam os desesperados torcededores.
Eis que nesta quarta finalmente a cúpula azul, vermelha e branca anunciou as suas incorporações ao grupo de cima. Bruno e Danilo participaram do coletivo no Fazendão e encheram os olhos da comissão técnica. Agora despontam como possíveis titulares no jogo de domingo, na Fonte Nova, contra o Atlético de Alagoinhas. Artilheiros do Estadual 2005 de juvenis, do qual sagraram-se campeões pelo Esquadrão de Aço, marcaram nada menos que 48 gols.
Assim, a cada dia que passa, o tropeço para o rival tem se mostrado mais benéfico. Só que a vigilância da torcida não vai acabar. O próprio procurador da dupla, o ex-goleiro Ronaldo Passos, encarregou-se ontem de declarar que a venda dos dois deve mesmo acontecer. Questão de tempo. Danilo também entrega: “Meu sonho sempre foi vestir a camisa profissional do Bahia, mas a gente sabe da situação por que o clube passa. Até o final da semana, a transação deve ser resolvida”. Os apelos da massa precisam continuar.
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