A Associação Atlética Anapolina (por isso os três As no escudo) é um clube de nome feminino, como também são – por exemplo – a Ponte Preta e a Portuguesa. Aliás, não existe nada que irrite mais seu torcedor do que ouvir alguém afirmar “o Anapolina…”, algo que tem se repetido na imprensa baiana.
Seus fãs se orgulham de um episódio ocorrido na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra, quando a equipe “teria ganho reconhecimento internacional”. Uma faixa na arquibancada acabou chamando a atenção dos cronistas esportivos brasileiros: “A Rubra é Xata!”, dizia. A curiosidade geral só foi desfeita pelos jornalistas goianos, que explicaram se tratar dos apelidos de um time de futebol sediado na cidade de Anápolis-GO.
O município em questão é o segundo maior do Estado, ocupando posição estratégica entre Goiânia (a 55 km) e Brasília (158), além de ser um dos principais entroncamentos rodoviários do país. Capital econômica de Goiás, possui 282.982 habitantes e controla o Estádio Jonas Duarte, onde a Anapolina manda suas partidas. O de sua propriedade – local dos treinos – é o apertado Zeca Puglisi.
Tem a pantera como mascote e, a exemplo do Bahia, foi fundada no dia 1º de janeiro, só que de 1948. Clube sem títulos, ostenta dois vice-campeonatos domésticos (1981 e 2000) e um da Taça de Prata (Segunda Divisão nacional da época), em 81. Longe da elite desde 84, conseguiu retornar à Série B há quatro temporadas.
A denominação “Rubra” foi originada a partir do uniforme da equipe, nas cores vermelha e branca, em homenagem ao América-RJ. A alcunha de “Xata” começou ainda no amadorismo, quando montava times fracos, que sofriam freqüentes derrotas, porém se reabilitava com triunfos surpreendentes diante de adversários mais bem preparados.
Último clube do veterano e falastrão Túlio antes de ele ir defender o Volta Redonda e ser artilheiro do Campeonato Carioca, a Anapolina não conseguiu passar da Primeira Fase do “Goianão” 2005, vencido pelo Vila Nova. Terminou em 3º no Grupo B (classificavam-se dois), que contava com seis concorrentes.
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