A exemplo do Caxias (nosso último adversário), o Paulista vive a esperança de se classificar para a próxima fase da Série B. Sétimo colocado até a abertura da rodada, tem pela frente o Bahia, fora, e o Sport, em casa, duelo em que a torcida deposita suas maiores fichas, já que ainda não conseguiu vencer longe de Jundiaí – e duvida que isto aconteça logo numa Fonte Nova lotada.
O time vem de um sofrido – e vaiado – triunfo de 2 a 0 sobre o América-MG em seu estádio, o Jaime Cintra, pois jogou se defendendo o tempo inteiro e valendo-se dos contra-ataques para marcar. O Coelho deu um show de gols perdidos, mas os 966 pagantes saíram comemorando um resultado eficiente para as pretensões do Galo do Japi.
Situada a 62 km de São Paulo, a cidade encontra-se na Serra do Japi, daí o apelido. Já a ave é o mascote da equipe, que desde o histórico vice-campeonato estadual (perdeu a decisão para o São Caetano, em abril) tem visto suas melhores peças irem embora. Os torcedores estão na bronca: o goleiro Márcio, o meia Aílton, o armador Canindé, o atacante Izaías, o lateral-esquerdo Galego e agora o beque Asprilla.
A diretoria se defende afirmando que “se trata de um clube formador de atletas e que depende dessas negociações para manter seu projeto, sempre se comprometendo a colocar os jogadores revelados nas categorias de base numa vitrine mais atrativa”. E é exatamente assim o elenco do Paulista, sem caras conhecidas e recheado de jovens, como o centroavante Davi, artilheiro do time na Segundona, com 9 gols.
Quem vinha conduzindo a brilhante campanha da equipe em 2004 era o ex-goleiro Zetti, que em meados de maio preferiu se transferir para a Primeira Divisão, assumindo o Guarani e abrindo espaço ao ex-jogador Vágner Mancini, 38 anos, que topou pendurar as chuteiras e estrear na função de treinador. Sua aceitação foi ótima na torcida jundiaiense, que ainda o tinha como ídolo por ter sido o capitão e principal responsável pelos títulos da Série A2 estadual e do Brasileiro da Série C, ambos em 2001.
Esta, portanto, é a terceira temporada que disputa a Série B. Criado em 1909, o Galo vive um momento muito especial, comemorando 95 anos de fundação – que só começaram a ganhar os contornos que levam ao sucesso atual a partir da década de 90. Foi quando fechou parcerias com grandes empresas: primeiro a Lousano, depois a Parmalat, num polêmico contrato que alterou o nome do clube para Etti Jundiaí, porém, com investimentos pesados, trouxe resultados imediatos dentro de campo.
Em 2002, com a saída do sócio, passou por uma nova fase de transição, chamando-se Jundiaí Futebol Clube, até que a torcida decidisse, através de plebiscito, qual o nome preferido. A imensa maioria dos votos – mais de 75% – indicou Paulista Futebol Clube, representando a quarta mudança de nome em apenas sete anos.
O próximo passo da equipe (que possui uma facção organizada denominada “Gamor”, fundada em 1975) é chegar à elite do futebol brasileiro. Para saber mais sobre o oponente desta sexta-feira, clique aqui.
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