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Sucessão vai pegando fogo nos bastidores

Notícia
Historico
Publicada em 6 de novembro de 2008 às 12:15 por Da Redação

De Nelson Barros Neto, no jornal A Tarde desta quinta-feira:

“Amanhã, quando a bola rolar para mais um Bahia x Brasiliense com ares de decisão – quatro anos após o `quase acesso´ numa Fonte Nova lotada, agora valendo fuga do rebaixamento, em um esvaziado Jóia da Princesa -, o militar Petrônio Franca Barradas, 69 anos, estará completando exatamente o terceiro e último aniversário de efetivado na presidência tricolor.

Durante o período, até afastado do cargo o cartola foi. Muitos não se lembram, mas no final do ano passado, depois de ser um dos cinco indiciados pela delegada Marilda da Luz por conta da tragédia da Fonte Nova, liminar concedida pela juíza da 8ª Vara da Fazenda Pública, Aidê Ouais, tirou Barradas do poder. Três dias dias depois, ele conseguiu suspender os efeitos da decisão e Ruy Accioly retornou à diretoria de futebol.

Antes, em fevereiro do mesmo 2007, o presidente já havia sido surpreendido com o início de uma investigação da Polícia Federal sobre o cometimento de supostos crimes financeiros dentro do clube. Com prazo prorrogado quase uma dezena de vezes, a apuração continua, mas permanece em completo sigilo.

Houve ainda pelo menos duas greves de funcionários no CT, contratação de jogador que sequer entrou em campo, passeata reunindo cerca de 30 mil contra ele no centro da cidade e até acusações de envolvimento indireto na Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, dono do Bahia S/A. Enquanto isso, assistiu aos dois principais aliados em situação desconfortável: Marcelo Guimarães, detido na Operação Jaleco Branco, também da PF, e Paulo Maracajá, às voltas com o Ministério Público estadual.

Por essas e outras, a sucessão eleitoral vai pegando fogo nos bastidores, embora pouca coisa se permita divulgar. Sabe-se, no momento, que o pleito da primeira quinzena de dezembro será novamente privilégio do Conselho Deliberativo, dividido entre os dois ex-presidentes – motivo que faz rarear a associação de novos tricolores.

Para se ter idéia, atualmente, o Internacional faz a campanha “100 Anos, 100 mil sócios” em Porto Alegre, de olho no centenário, ano que vem. Hoje, já conta com inacreditáveis 82 mil associados (aproximadamente 76 mil em dia), quantidade que lhe rende, por mês, cerca de R$ 2,2 milhão.

A informação é do diretor do programa colorado, Julio César Emmel, que tomou um susto ao ouvir a receita completa do Bahia, no mesmo período (incluindo cotas de TV e afins), que não passa dos R$ 600 mil. Sim, lá há eleição direta para presidente.

POLÍTICA – Imitar a realidade gaúcha é justamente um dos objetivos da oposição azul, vermelha e branca, que já esteve mais animada para a iminente votação na sede de praia da Boca do Rio. Considerado “o candidato do consenso”, o presidente da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), Reub Celestino, começou a perder força no Fazendão.

Quando um acordo pareceu próximo de ser fechado, a situação recuou e nunca mais se falou no assunto. Caso as negociações não sejam retomadas numa reunião hoje, pretende-se publicar um anúncio publicitário no jornal de amanhã escancarando ao público toda a história.

“Naquela época (início de outubro), ainda estava acreditando que seria possível, tava muito animado, mas não fomos mais procurados. Tenho a impressão de que querem realmente partir para o continuísmo”, lamentou o chefe de gabinete do governador Jaques Wagner, Fernando Schmidt. Outro a participar dos encontros, engordados pelo grupo de Fernando Jorge, que promete não deixar a direção concorrer com chapa única, o deputado Nelson Pelegrino (PT) apresenta discurso semelhante.

Insatisfeito com a influência político-partidária, o advogado César Oliveira não descarta recorrer ao Judiciário. Porém, para aqueles que garantem a candidatura de Ademir Ismerim, representando o PMDB de Geddel (e do deputado Marcelinho Guimarães), o próprio ministro rebate: “Não tenho nada a ver com isso… Minha única relação com o Bahia é de torcedor, que ultimamente está bastante envergonhado, por sinal”.

As sondagens são diversas, os comentários inúmeros, no entanto o mais provável é que o escolhido de Maracajá prevaleça. Apesar de mantê-lo trancafiado a sete chaves, vira e mexe o conselheiro do Tribunal de Contas entra em contato com empresários, muitos deles desconhecidos, e vai fomentando o seu trunfo, que só será divulgado bem perto do pleito”.

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