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Vá embora, 2006!

Notícia
Historico
Publicada em 29 de dezembro de 2006 às 12:34 por Da Redação

“2006 está começando e traz uma série de desafios. Nossa principal missão é fazer o Bahia forte e vencedor novamente. Levantar o título de campeão baiano, fazer um bom papel na Copa do Brasil e deixar a Terceira Divisão são necessidades prementes. Vai ser fácil? Nem um pouco. Difícil? Certamente. Impossível? Jamais!”.

Claro que não poderia ser diferente, mas a mensagem de início de ano do presidente Petrônio Barradas, publicada no dia 31 de dezembro de 2005, no site oficial do clube, não se materializou. Pior: além de todos os planos terem se frustrado, uma série de acontecimentos lamentáveis mancharam a história azul, vermelha e branca.

Fatos que fizeram 2006 conseguir a proeza de superar temporadas como as de 1997, 2003 e 2005, também de muito sofrimento, mas ainda sem o time fracassar em pleno porão do futebol nacional. Passados 363 dias, o Esquadrão de Aço, de bicampeão brasileiro quase 17 anos atrás, encontra-se agora na maior crise técnica e financeira de seus 76 anos incompletos.

ESTATÍSTICAS – Ao longo do ano, foram 28 triunfos, 15 empates e 21 derrotas em 64 jogos, o que dá o aproveitamento de 51,6% dos pontos disputados. Os números podem até não ser tão catastróficos, mas o que eles representaram, no final das contas, sim.

Eliminado das três competições que participou, o Bahia trocou quatro vezes de treinador e utilizou nada menos que 70 atletas. Doze deles atuaram, no máximo, em três ocasiões: o goleiro França, os beques Carlinhos e Júnior, o lateral Jean, os meias Jota, Jair, Dilmar, Willames, Léo Dias e Didé, e os atacantes Capitão e Giuseppe.

O caso do último, por exemplo, é emblemático. Quando foi contratado, o diretor Newton Mota afirmou se tratar de um “talento, causando até surpresa o fato de a sua carreira ainda não ter decolado”. Mas não passou 20 dias no grupo e mais de 5 minutos em campo, transformando-se no novo Alberoni (lembram dele, de 2004?).

Temporada começou ainda no final de 2005

Como o rebaixamento à Série C foi sacramentado muito cedo, no dia 10 de setembro do ano passado, pode-se dizer que o 2006 azul, vermelho e branco se iniciou neste mesmo mês, com a chegada do atacante Jean Michel para testes e o acerto da parceira com o Cruzeiro.

Em outubro, houve a criação da comissão de reforma do Estatuto tricolor, tendo 24 nomes, mas que até hoje não saiu do papel. Após pressão de setores da oposição, a diretoria finalmente divulgou a misteriosa relação dos 300 conselheiros do clube, aproveitando a proximidade da eleição que elegeria o já interino Petrônio Barradas, em pleito no dia 7 de novembro.

O dia 28 marcou a reapresentação do elenco, que fez pré-temporada em Euclides da Cunha, disputou três amistosos em dezembro e depois recebeu o enxerto de 22 contratados. Alguns fatos que marcaram o ano de 2006:

DESAPARECIDOS | A temporada foi tão complicada que teve até sumiço de atletas. As duas semanas de folga por conta própria renderam a Willames e Jota o apelido de “volantes fujões”

CASSETA | Em abril, um dos mais famosos programas de humor do País aproveitou a eliminação tricolor na Copa do Brasil para tirar um sarro do clube. Chacota nacional

“ETERNO” | Dias depois, torcedores fizeram protesto na sede do Tribunal de Contas dos Municípios. Pediram para o conselheiro Paulo Maracajá deixar o Bahia e trabalhar apenas lá

PARALISAÇÃO | No dia 19 de maio foi a vez de os funcionários se rebelarem. Eles cruzaram os braços e provocaram o cancelamento das atividades da manhã. No dia seguinte, a direção prometeu quitar dois meses de atrasados

ATÉ OS MENINOS | Ano ainda marcou o fim da hegemonia tricolor na base. Apesar das belas campanhas na Copa SP e no Brasileiro Sub-20, o júnior perdeu a chance de ser tetra. Juvenil e infantil também foram derrotados

31 dos 57 reforços deram adeus ao Bahia antes do fim de seus contratos. Foi o caso do meia Tiago Fonseca, que sequer foi relacionado

23 gols marcou Sorato no Bahia, 16 deles para fazê-lo artilheiro da Série C e virar o quinto goleador do clube numa competição nacional

“O Bahia já teve fases muito piores do que essa” | Petrônio Barradas, presidente tricolor, sobre o atual momento do clube

Matéria publicada na edição de 29/12/2006 do jornal A Tarde

Leia também: Retrospectiva, mês a mês, do ano do Bahia!

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