Cadê as eleições, Petrônio Barradas?

O tempo vai passando, o fundo do poço tricolor se dilatando e urge um início de planejamento para ontem. Por que, então, as eleições ainda não ocorreram, emperrando ainda mais o processo de reestruturação do clube e empurrando – como sempre – os problemas e soluções para depois? Conforme o ecbahia.com.br chama a atenção no “Sobe & Desce” do site, enquanto no rival as primeiras mudanças após o rebaixamento já começaram, no Alto de Itinga parecem reinar o conformismo e a pasmaceira.

A reportagem principal desta terça-feira do jornal Correio da Bahia veio muitíssimo a calhar, salientando exatamente o que sentíamos e pensávemos em apurar. Confira e tente entender as explicações da diretoria:

“O processo que elegerá o novo comandante do Esporte Clube Bahia continua indefinido, sem data certa para ocorrer. O presidente em exercício, Petrônio Barradas, tem, por lei e de acordo com o Artigo 24, parágrafo 2º dos estatutos do tricolor, até o dia 31 de dezembro de 2005 para marcar a data e convocar o Conselho Deliberativo. E vem utilizando deste artifício.

“Estamos no momento de sanear as dívidas para que o novo presidente assuma o clube arrumado; da melhor maneira possível. Só com rescisões de contrato já economizamos R$ 1,5 milhão” revelou. Questionado se o Bahia não vivia, aparentemente, um momento de muita tranqüilidade em face da situação crítica que atravessa, Petrônio foi taxativo. “Nossa meta é preparar o Bahia para 2006, 07 e 08. Deixaremos um plano que será entregue ao futuro presidente. Temos que sair da Terceirona já no próximo ano e os conselheiros estão unidos, como pregamos desde o início. Há candidatos surgindo naturalmente e isto mostra que o clube vive na democracia”

Buscando conquistar a confiança da torcida, que anda incrédula com os sucessivos fiascos do Bahia, o dirigente repete o discurso de quando assumiu a equipe, após decisão judicial. “Eu disse que o Fazendão não tinha chave e continua sem ter. Converso constantemente com torcedores que me telefonam, mandam e-mails ou me encontram na rua. Conselheiros que não moram na cidade também têm me procurado buscando ajudar. As boas sugestões estão sendo seguidas e encaminhadas para os devidos departamentos” concluiu.”