Se foi decisiva ou não, ninguém pode garantir. Mas que teve influência, é possível. Pode ter sido sem querer, mas a reclamação que teria sido feita pelo cantor e compositor Caetano Veloso a um dirigente do Bahia contra o episódio da substituição do goleiro Emerson no jogo contra o Fluminense, coincidiu com a demissão do técnico Lula Pereira.
Tricolor assumido, Caetano é amigo e tiete de Emerson há muito tempo. Emerson é fã desde menino de Cae e sempre faz questão de estar presente nos shows do baiano de Santo Amaro da Purificação, em Salvador ou até em outras capitais.
Um ex-dirigente que continua com forte influência no Bahia revelou ao site Jornal da Mídia que Caetano telefonou para um diretor do clube no final da tarde de domingo para reclamar da substituição de Emerson.
O cantor teria dito que não tinha a menor justificativa a maneira como o goleiro deixou o jogo no intervalo da partida contra o Fluminense – Lula Pereira disse que emerson tinha chorado no vestiário, pediu para sair e ele atendeu para preservar o jogador. Depois Emerson desmentiu Lula, dizendo que não tinha chorado e muito menos pedido para sair.
Emerson tem 240 jogos pelo Bahia e mais de 500 como profissional. É um dos goleiros que mais atuou com a camisa 1 do tricolor baiano em toda a história do clube.
“Para Caetano, foi um desrespeito”, disse o ex-dirigente, ressaltando que o Bahia tem um grande carinho por Caetano, que gravou o Hino Tricolor, de autoria de Adroaldo Ribeiro Costa. Caetano está no CD do clube, que tem ainda interpretações do ministro Gilberto Gil, de Maria Bethânia e de Gal Costa.
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, também está sentindo na pele a sofrível campanha do clube no Brasileirão 2003. Nos corredores do Ministério e em seu gabinete, que é cheio de baianos, as gozações são constantes. Mas Gil acredita que o Bahia acabará dando a volta por cima e fugindo da degola.
Jornal da Mídia (Adaptado)
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