Trecho da edição de ontem do jornal A Tarde: “A torcida voltou a mostrar toda sua fidelidade ao Bahia. Trocou a praia – e o feriado – pelo estádio, na bela e ensolarada tarde de sábado, levando quase 60 mil pagantes à Fonte Nova. Mas o amor não foi correspondido em campo. Frustração para a massa tricolor, que já começa a temer pela repetição do filme de 99, quando o time naufragou no quadrangular final da Série B”.
Bem, a parte da decepção é a mais pura verdade, porém o público “real” nas arquibancadas ficou longe do anunciado. Pode-se afirmar sem medo que a quantidade de pessoas presentes não foi a mesma do registrado nos guichês do Octávio Mangabeira. A Fonte, em verdade, não estava tão cheia. E o fenômeno é simples de ser explicado: a nefasta ação dos cambistas, que, dessa vez, se deram mal.
Como sempre, eles acabaram com as meia-entradas na venda antecipada e praticamente esgotaram os ingressos, mas a galera – certamente receosa de não encontrar mais bilhetes, sem querer desembolsar um valor inflacionado e/ou como atitude deliberada para castigá-los – não foi no número esperado pela diretoria. Assim, não era difícil encontrar cambistas desesperados, para alegria de quem chegou de última hora.
Outro fator decisivo para o não comparecimento de muita gente foi a transmissão em TV aberta até mesmo para a capital baiana. Dos 57.053 “pagantes” no borderô, mais de 10 mil não entraram. Melhor para as equipes, pois a arrecadação foi de quase meio milhão de reais.
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