A campanha do Bahia no primeiro turno da Série B terminou da mesma forma como começou, há pouco mais de três meses: com empate. Desde aquele 10 de maio, no 1×1 contra o Fortaleza, em Feira de Santana, até o 2×2 contra o Gama, na última rodada, são 29 pontos, longe ainda do G-4.
Mas, se compararmos a situação da equipe com outras edições da Série B, na era dos pontos corridos, o Bahia, na verdade, não está tão mal.
Na atual oitava posição, os 29 pontos conquistados pelo tricolor são os mesmos da Portuguesa e um a mais que o Ipatinga, ao fim do primeiro turno em 2007, competição em que ambos subiram com folgas à elite do futebol.
Já o Atlético Mineiro sagrou-se campeão na primeira edição de pontos corridos da segundona, em 2006, quando os mineiros fecharam a 19ª rodada com 29 pontos e a sexta colocação na tabela.
O cenário atual era pouco deslumbrado após derrotas para o Santo André e Barueri ou mesmo o empate sem gols contra o Paraná em Feira de Santana.
A trajetória do Bahia na Serie B 2008 também é marcada pela evolução dentro de campo, apesar das trapalhadas da diretoria que em oito meses contratou 29 jogadores. E sem as receitas das grandes rendas na Fonte Nova, a direção manteve as contratações modestas.
Mas, ao final da partida contra o Gama, a torcida viu um meio-campo que toca melhor a bola e cria oportunidades de gol, coisa que não acontecia. Sem contar que Caio tem currículo digno para melhorar o passe no meio, só resta estrear.
O ataque com Pantico, Reinaldo Aleluia, Juca ou Bruno Meneghel era de fazer chorar. Galvão chegou e se transformou na referência na busca dos gols. Marcelo Ramos já mostrou que ao estar em forma sacode as redes com facilidade. Já Paulo Roberto é o xodó da massa tricolor, bagunça as defesas adversárias com velocidade a là Naldinho.
O 12° jogador tricolor também está crescendo na competição. Na primeira rodada, os portões estavam fechados em Feira de Santana e temia-se ficar mais seis jogos na mesma situação. A CBF reviu a punição adquirida na tragédia da Fonte Nova. Mesmo assim foram dois mil assistir à derrota na quarta rodada para o Barueri no Jóia.
No confronto contra a Ponte Preta, seis mil guerreiros pegaram a BR-101 Salvador-Feira. O time ficou a maior parte do tempo atrás do placar, sem exibir um bom futebol. Mas o torcedor apoiou do começo ao fim e foi fundamental para a virada. É acreditar para o segundo turno.
Correio da Bahia
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