Perto de completar cinco anos, a pendência judicial envolvendo o Campeonato Baiano de 1999 está chegando ao fim. Possivelmente com dois campeões. O certo é que hoje à noite, no Rio de Janeiro, o processo será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF.
Em pauta o recurso do Bahia contra a decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da FBF, que por 7 a 0 deu ganho de causa ao Vitória-BA na ação que impetrou pedindo a impugnação do segundo jogo da final. Na decisão da Justiça baiana, o rubro-negro não pode ser apontado como perdedor (ter tomado WO) por não ter comparecido à Fonte Nova.
Naquele ano, a exemplo do que deve acontecer em 2004, a dupla BA-Vi decidiu o título estadual em jogos de ida e volta, com vantagem para o Leão, que tinha melhor campanha e jogava por dois resultados iguais, além do direito de fazer a finalíssima em casa, no Barradão.
Na primeira partida, o Tricolor venceu o clássico por 2 a 0, e poderia até perder pela diferença de um gol, no domingo seguinte, que ficaria com o título. Mas na época, a direção do Bahia resolveu entrar com um recurso para tirar o jogo decisivo da Toca do Leão.
Através do então presidente do Clube de Regatas Itapagipe, hoje supervisor do clube, Roberto Passos, o Esquadrão entrou na Justiça Comum, na 1ª Vara Cível, e conseguiu uma liminar que obrigou a Federação Bahiana de Futebol a alterar o local do confronto, programando-o para o Estádio Octávio Mangabeira.
Só que a decisão só saiu na sexta-feira, e o então presidente da FBF, Virgílio Elísio, contrário à decisão do Bahia, conseguiu fazer com que os dirigentes do Vitória-BA não fossem notificados oficialmente dentro do expediente oficial da entidade.
A conseqüência desta briga judicial é que o Tricolor foi para a Fonte Nova e o rival para o Manoel Barradas. Pela pela súmula do jogo que não houve, a FBF teve que atestar o WO do Bahia sobre o Vitória, mas este entrou com recurso e ganhou a ação no TJD da FBF. E hoje à noite o STJD da CBF deve referendar a decisão da Justiça baiana, por entender que o time de Canabrava não descumpriu nenhuma programação, e devolver o processo.
Contudo, há cerca de 30 dias os presidentes da FBF, do Bahia e do Vitória se reuniram na sede da Federação e firmaram um pacto de não mais recorrerem à Justiça, em qualquer instância. Com isso, logo após a reunião desta quinta-feira, a Federação Bahiana de Futebol, num acordo, deve proclamar os dois como campeões de 1999.
Tribuna da Bahia (Adaptado)
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