Em entrevista publicada na edição de ontem do jornal Correio da Bahia, o vice-presidente do Ipitanga e responsável pelo futebol do clube, Renato Brás, falou sobre o interesse do Bahia nos jogadores laranjas que ainda não foram levados pelo Vitória (por enquanto foram cinco). Leia alguns trechos:
Você falou da contratação de dois goleiros. Isso é indício de que o David está de saída?
Olha, eu praticamente renovei o contrato de David. Está tudo certo. O Bahia está com problemas por causa das eleições. O presidente interino tricolor preferiu não assinar contrato e o jogador não viu isso com bons olhos. Assim, eu fiz uma proposta, porque eu quero ter um grande goleiro. E se eu tiver três grandes goleiros vai ser difícil o time do Ipitanga ser batido.
Quanto aos outros jogadores do Ipitanga que chegaram a ser ventilados no Bahia. As negociações pararam por causa das eleições presidenciais?
Pelo que eu soube de Josemar, que não é mais jogador do Ipitanga, se não me engano ele já assinou contrato. Narcíso, nós oferecemos e o Bahia não esboçou interesse. Rogério renovou e não sai. Fica com a gente para disputar o Baiano até fevereiro ou março, por que está 80% negociado com o futebol alemão.
E o atacante Diogo, artilheiro da Taça Estado da Bahia?
Tem alguns clubes interessados, mas nós já renovamos contrato.
A transferência de Índio acabou sendo meio controversa. Primeiro, havia um clube paulista interessado, depois o Bahia tinha uma prioridade para contratar por R$50 mil, mas ele acabou no Vitória por R$100 mil. O que aconteceu na realidade?
Verdadeiramente havia um interesse de clubes paulistas em Índio, havia interesse aqui de Bahia e Vitória, mas futebol é negócio e a gente tem que fazer negócio com quem tem seriedade. E a proposta real veio do Vitória, através do seu vice-presidente de futebol, Sinval Vieira, que habilmente viu a qualidade do Índio, que é o melhor jogador do futebol da Bahia hoje. Saíram satisfeitos o Ipitanga, o Vitória e o jogador.
O grande desafio do futebol baiano em 2006 – e aí estão incluídos Bahia e Vitória – é montar um time bom, com um padrão financeiro mais baixo. Qual era a folha salarial do Ipitanga esse ano?
Girou em torno de R$43 mil. No primeiro semestre, ficou entre R$20 e 25 mil. E no segundo semestre, aumentou por causa da Série C. Essa é, inclusive, uma fórmula que vem sendo absorvida por Bahia e Vitória. Modéstia a parte, o Ipitanga está sendo imitado em sua administração, por que acreditamos que o atleta deve ser valorizado. Mas é preciso ter a responsabilidade para pagar essa meninada, por que fazer futebol hoje em dia está muito difícil. As empresas baianas não apóiam o negócio futebol. Porém, se esses empresários começarem a pensar o futebol como negócio, com certeza eles vão começar a mudar o conceito.
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