A derrota no julgamento desta terça-feira já era esperada, mas o resultado não deixou de provocar a revolta dos bicolores, que dispararam contra o Bahia, que também quer entrar na “festa” do tapetão.
“Vou ser irônico. É provável, sim, que eles ganhem os pontos porque vão abrir a minha gaveta e encontrar o contrato do jogador”, disse o presidente do Paysandu, Artur Tourinho, comentando a ação que o Tricolor move contra o Papão.
De acordo com os paraenses, os baianos estão confundindo um contrato de gaveta – que não chegou a ser enviado à CBF – feito com o meio-campista. Segundo Tourinho, o atual contrato de Welber com o clube, assinado e registrado muito antes de o dirigente virar alvo do Tribunal, tem validade até o final do ano que vem. Portanto, a reclamação dos tricolores não teria nenhum fundamento.
Todavia, há boatos de que a renovação contratual de Welber na verdade foi dada entrada na Confederação Brasileira de Futebol. Em entrevista a uma emissora de rádio local, Arthur Tourinho, no entanto, contestou a informação. Ele declarou que o contrato de Welber está guardado e que foi assinado apenas pelo jogador.
Esse contrato surgiu quando empresários pressionaram o Welber. Chamei o jogador, dei um reajuste salarial a ele, que assinou contrato de janeiro de 2005 a janeiro de 2006. Nem assinei ainda esse contrato, que está na minha gaveta. Se você abrir a minha gaveta, esse contrato está lá, comentou.
A própria Federação Paraense de Futebol, através de seu presidente, Antônio Carlos Nunes, já se pronunciou afirmando que o novo contrato jamais foi encaminhado à CBF. “Não existe outra maneira de um contrato chegar à CBF sem que seja via Federação”, disse Nunes, logo após o Bahia dar entrada na ação.
Ao comentar a situação, Tourinho não escondeu a insatisfação com a omissão da CBF no caso. “O que eu acho uma vergonha é a CBF não se pronunciar. Fui até conversar com o presidente e ele não me recebeu”, disse o dirigente, que volta a disparar contra a Justiça Desportiva.
“Vamos ganhar e depois vamos buscar, com juros e correção, as perdas e danos morais causados por este Tribunal”, garantiu ele, que assegura ainda ter uma carta na manga para confirmar o prometido triunfo dos bicolores no STJD. “A qualquer momento posso divulgar uma bomba”, disse, sem dar mais detalhes.
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