O Bahia de René Simões, que já quebrou dois grandes tabus fora de casa neste Brasileiro, tem mais um pela frente. É fazer valer o momento de reação no campeonato, garantir Pituaçu lotado na rodada seguinte contra o Coritiba e ainda entrar para a História por mais essa razão.
Após derrotar o Fluminense pela primeira vez desde 1990 e conseguir um triunfo inédito diante do Atlético-PR em Curitiba, o Tricolor terá de voltar a vencer o Cruzeiro, o que já não acontece há 17 temporadas –independente do mando– em um Nacional. A última: 28 de agosto de 1994.
Naquela oportunidade, o inesquecível Raudinei e o habilidoso Paulo Emílio decretaram o triunfo de 2 a 1 na Fonte Nova, pela primeira fase do Brasileirão –em que o Bahia chegaria às quartas de final frente ao Palmeiras de Roberto Carlos, Rivaldo e Edmundo, o futuro campeão.
Detalhe: nosso treinador era exatamente Joel Santana, que estará do outro lado no domingo, na cidade mineira de Sete Lagoas (enquanto Rogério Lourenço, que iniciou 2011 à frente do Esquadrão de Aço, encontrava-se na zaga adversária). Relembre as escalações:
BAÊA: Jean, Odemílson, Ronald, Samuel e Robson; Souza, Negrini (Lima Sergipano), Paulo Emílio (Nilmar) e Uéslei; Raudinei e Marcelo Ramos. Técnico: Joel Santana.
CRUZEIRO: Dida, Zelão, Luizinho, Rogério Lourenço e Nonato; Ademir (Lelei), Cleison, Douglas (Roberto Gaúcho) e Jean Carlo; Macalé e Mário Tilico. Técnico: Enio Andrade.
NÚMEROS
De 94 para cá, já se passaram nove duelos e a Raposa só não ganhou um, em 2001: 1 a 1 no estádio Independência, em Belo Horizonte, com Maicon, Sorín e o baiano Jorge Wagner no rival.
E foi justo lá, no campo do América-MG, dez anos antes –ou pouco mais de 20 atrás–, que o Tricolor venceu pela única vez em todos os tempos como visitante no confronto: 1 a 0, gol do craque Luiz Henrique (na época, jogador de seleção brasileira). Veja os times naquele 21 de abril de 1991 (Charles, campeão de 88, figurava no oponente):
BAÊA: Sérgio Neri, Gilvan, Jorginho, Wágner Basílio e Paulo César; Lima Sergipano (Marcelo Jorge), Paulo Rodrigues, Gil e Luiz Henrique; Adil (Edemilson) e Naldinho. Técnico: Candinho.
CRUZEIRO: Paulo César Borges, Balu, Vanderci, Adilson Batista e Dinho; Boiadeiro, Ademir, Luiz Gustavo e Ramon Menezes; Hêider (Quirino) e Charles.
DESVANTAGEM
No total, foram 34 encontros válidos desde 1968 por Campeonatos Brasileiros –o Bahia ganhou oito, empatou seis e perdeu 20, segundo dados do site de estatísticas esportivas Futpédia.
A mais recente partida, a fatídica despedida azul, vermelha e branca em 2003, ocorreu na Fonte, dia 14 de dezembro, e terminou 7 a 0 para eles. Os quatro primeiros tentos saíram todos dos pés do meia canhoto Alex (hoje no Fenerbahçe), e de penalidade máxima!
BAÊA: Emerson, Gustavo Castro, Accioly e Valdomiro; Paulinho (Ramos), Otacílio, Cícero, Preto e Chiquinho; Cláudio e Didi. Técnico: Edinho Nazareth.
CRUZEIRO: Gomes, Maurinho, Cris, Edu Dracena e Leandro; Maldonado, Augusto Recife (Felipe Melo), Wendel (Zinho), e Alex; Mota e Márcio Nobre (Alex Dias). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
O último jogo em Minas Gerais, pelo primeiro turno, em 27 de julho de 2003, acabou 5 a 2:
Abaixo, outros embates que ficaram marcados pelo torneio.
O da campanha do bi-brasileiro de 88:
O do famoso gol de um então garoto Ronaldo, aproveitando falha de Rodolfo Rodríguez:
O que teve gol do pequenino Naldinho, de cabeça, de fora da área, também em 93:
COPA DO BRASIL
Mais quatro duelos foram disputados na Copa do Brasil, sempre pela fase de
oitavas de final, com dois triunfos para cada uma das equipes.
Em 1989, inclusive com René Simões no comando, os 2 a 0 na saudosa Fonte classificaram o Esquadrão graças a gols do zagueiro João Marcelo e do meia-atacante Zé Carlos.
Em 1995, porém, os 2 a 1 –ambos de Rivelino (ex-Catuense)– não serviram em função do critério dos gols marcados fora. Na ida, o Cruzeiro havia feito 1 a 0. Com o Octávio Mangabeira reformando o gramado, a peleja aconteceu no antigo formato de Pituaço. Confira em BH e SSA:
BAÊA: Jean, Nilmar, Ronald, Advaldo NBA e Alex Sandy; Lima Sergipano, Souza, Rodrigo e Sérgio China (Tony Itiúba); Rivelino e Zé Roberto (Taílson). Técnico: Givanildo Oliveira.
CRUZEIRO: William Andem (Harlei), Serginho, Jr. Paulista, Rogério Lourenço e Nonato; Belletti, Cleison (Marcelo Ramos), Pinto e Luís Fernando; Ademir e Dinei. Técnico: Carlos Alberto Silva.
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A Arena do Jacaré será inédita no confronto. Vai pra cima deles, Esquadrão!
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