Jogando um futebol digno de segunda divisão (do Estadual), o Bahia começou 2005 do mesmo jeito que terminou 2004: dando vexame na Fonte Nova. Neste domingo, sob os olhos desconfiados de poucos e sofridos torcedores, o Tricolor foi derrotado por 1 a 0 pelo modestíssimo Ipitanga, que apenas dois anos após sua fundação fez sua estréia na “elite” do campeonato.
O Camaçariense, que assim como o Ipitanga tem folha de aproximadamente R$ 15 mil, será o próximo adversário do Bahia no Estadual 2005. O Esquadrão volta a campo domingo, novamente às 18 horas, mas agora nos domínios do adversário, para tentar recuperar os pontos perdidos em casa. Pelo que apresentou, será difícil que o time de Hélio dos Anjos alcance este objetivo no Estádio Waldeck Ornelas, em Camaçari.
Quando começou a partida, sem uma grande presença de sua torcida, o Bahia passou para a imagem de um time apático, com pouca vibração. Contudo, alguns minutos depois do início, a aparente falta de ímpeto já era o menor dos problemas do Tricolor.
Na verdade, raça o time até demonstrou, mas a falta de organização e a má qualidade do ataque, principalmente na hora de chutar em gol, foram os grandes vilões para que a equipe da capital terminasse o primeiro tempo perdendo por 1 a 0 para o “Caçula”.
Jogando em casa e com jogadores de mais “qualidade”, o Bahia cumpriu ao menos com sua obrigação de dominar as ações da partida, e até criou boas oportunidades para terminar a primeira etapa em vantagem no placar. Guaru, atleta mais lúcido do time em campo, cansou de deixar William em condições de marcar, mas faltou calma e categoria ao atacante na hora das conclusões.
Quando marcou seu gol, aos 29 minutos, o Ipitanga só havia chegado com perigo num escanteio em que a zaga do Bahia bateu cabeça. Mas a falta de ímpeto ofensivo não tira os méritos do golaço marcado pelo lateral-direito Paulo César, que pegou Márcio de surpresa e acertou uma bomba no ângulo em que estava o goleiro tricolor.
O gol não mudou o panorama da partida, que seguiu no mesmo ritmo até 20 minutos do segundo tempo, quando o Bahia se lançou totalmente ao ataque, deixando espaços na defesa para o adversário contra-atacar, aproveitando também a visível queda de rendimento físico do Tricolor.
O Bahia criou muitas chances de empatar, mas sempre em lances de bola parada. Já o Ipitanga só não ampliou sua vantagem graças a duas grandes defesas de Márcio, em jogadas em que os atacantes da equipe do interior ficaram cara-a-cara com o goleiro tricolor. A derrota por 1×0 na estréia não foi perdoada pela torcida, que com muitos gritos de protesto, principalmente contra a diretoria, deixou a Fonte Nova desesperançosa.
Correio da Bahia (Adaptado)
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