Clube vive drama para chegar à decisão desde 2001

Da edição desta terça-feira do jornal Correio da Bahia:

“Sepultou-se no longínquo ano de 2001 a força da mística tricolor no Campeonato Baiano. Desde a campanha do último título estadual, a equipe não tem sossego para chegar à final da competição. Isso, quando a campanha garante classificação à decisão. Nos quatro anos de hegemonia rubro-negra, o Bahia assistiu de longe a volta olímpica do rival Vitória em duas ocasiões. Em 2002, três vitórias em dez jogos não foram suficientes para empurrar o Esquadrão ao derradeiro confronto do Baianão. O nono lugar entre 13 equipes no ano seguinte depõe contra as tradições do maior campeão do estado.

A necessidade de reestruturação em 2004 após o descenso à Série B do Brasileiro trouxe ao comando o experiente técnico Oswaldo Alvarez. A campanha regular da primeira fase só encontrou barreira na semifinal, quando o Poções vendeu caro as duas derrotas pelo placar mínimo. E estão frescas na memória as lembranças dos percalços enfrentados pelo Bahia ano passado. Início da freguesia para o Ipitanga e regulamento debaixo do braço após os empates em 2×2 e 3×3 com o Juazeiro para ver o rival se utilizar do mesmo artifício e sagrar-se tetracampeão com um 0x0 amarrado, no Barradão.

O ciclo da história se repete pelo quinto ano consecutivo. Ironicamente, o adversário que se impõe ao Bahia é justamente o último eliminado com facilidade na fase semifinal do Campeonato Baiano. Em 2001, o mesmo Colo Colo sofreu duplo 3×0 e abriu caminho para a única conquista estadual do tricolor no século XXI. Mas a primeira partida do confronto que decide um dos finalistas do primeiro turno do Baianão mostra que nem sempre histórico garante vantagem. Ao contrário do que aconteceu no passado, a equipe de Ilhéus chega ao último jogo em vantagem sobre o tricolor. Próximo domingo, qualquer empate no Mário Pessoa garante o time do técnico Ferreira na final.

Para completar o quadro, caso fique de fora da decisão, o Bahia terá que conquistar obrigatoriamente o segundo turno para garantir vaga na Copa do Brasil 2007. Vale ressaltar que apenas campeão e vice do Campeonato Baiano têm o direito de disputar a competição nacional no ano seguinte. Eliminado da edição 2006 ainda na primeira fase pelo Ceilândia, o tricolor corre o risco de ganhar duas semanas de folga forçada se não arrancar uma vitória em Ilhéus. O time do técnico Charles Fabian estréia no segundo turno apenas no dia 2 de abril, contra o Camaçari, na Fonte Nova”.