Com queda de PC, Accioly ganha poder no futebol

Com a queda do ex-diretor de futebol do Bahia e a constante ausência do presidente Marcelo Guimarães Filho, que mora em Brasília, quem vem dando as cartas do departamento de futebol do clube é o presidente do conselho deliberativo, Ruy Accioly.

O novo superintendente Elizeu Godoy, ainda inexperiente na função, vai pra imprensa, fala pelo clube, defende a cartolagem, mas quem está dando as cartas mesmo é Accioly.

Fontes ligadas à diretoria afirmam que foi ele quem contratou o treinador Paulo Bonamigo. Ruy Accioly também tem dado pitacos sobre a escalação do time. Foi dele a indicação de Paulo Isidoro como titular na derrota do último sábado, para o Figueirense, por exemplo.

Atual presidente do conselho, Ruy Accioly está no Bahia, ininterruptamente, há 12 anos, e já ocupou muitos cargos. Foi diretor e vice de futebol, superintendente de esportes olímpicos e da base, e até presidente do clube, duas vezes, de forma interina. A primeira, em 1997, quando o então mandatário máximo Antônio Pithon fez uma viagem a Europa; e a segunda em 2007, quando o titular da pasta, Petrônio Barradas, foi afastado temporariamente do cargo por força de ação do Ministério Público.

Accioly é homem de confiança dos Guimarães pai e filho, dinastia que comanda o Bahia desde 1998 e foi responsável pela entrada dele no Tricolor. Sempre teve muita influência sobre eles e é uma espécie de conselheiro mor e nefasto dos “Marcelos”. Accioly é um dos caciques que afundaram o clube na pior crise institucional, administrativa, financeira e técnica de sua história, e que também não larga o osso. Ruy também é um expert em rebaixamento – do lado de dentro, já viu o Bahia cair em 1997 e 2003, para a Segundona, e em 2005, pra Série C. Justiça seja feita – ele foi diretor de futebol do time campeão estadual no distante ano de 1998.

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