O atual presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, se manteve no cargo após a eleição nesta segunda-feira. Na sede da entidade em São Paulo, os 20 principais clubes do país deram seu voto aberto. Koff derrotou Kléber Leite, candidato da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por 12 votos a 8, e alcançou o seu sexto mandato. Ele já está há 14 anos no cargo.
Foi um dia épico, de fortalecimento do Clube dos 13. É claro que a definição de duas candidaturas foi de extrema importância e sempre defendi isso. Mas estava em jogo a sobrevivência do Clube dos 13. E me empenhei com o mesmo entusiasmo da primeira vez”, ressaltou o presidente reeleito.
Assim como esperado, Koff levou a melhor em um pleito disputadíssimo, obtendo 12 votos no total. Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Fluminense, Atlético-MG, Atlético-PR, Sport, Grêmio, Internacional, Guarani, Bahia e Portuguesa apoiaram o atual presidente.
Já Kléber Leite contou com os oito votos restantes de: Corinthians, Santos, Cruzeiro, Botafogo, Goiás, Vitória, Vasco e Coritiba. O ex-comandante flamenguista precisava do apoio de 11 clubes, no mínimo, para vencer. Se houvesse empate, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, teria o voto de minerva por ser o representante mais velho.
Não há do que reclamar, não há rancor ou mágoa da parte de ninguém. Mas esta eleição foi boa para dar uma sacudida e fazer as pessoas se mexerem. Infelizmente, não tivemos tempo para conseguir os votos que queríamos, disse o derrotado Kléber Leite.
Confirmado para iniciar seu sexto mandato à frente do Clube dos 13, Fábio Koff precisou superar o apoio maciço do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ao oposicionista. A campanha de ambos os candidatos ficou marcada por uma série de acusações e forte disputa por votos nos bastidores.
Ao longo da campanha, a CBF manteve forte pressão sobre alguns clubes para angariar votos a favor de Kléber Leite. A entidade foi acusada, inclusive, de exigir do Botafogo o apoio a seu candidato para liberar um empréstimo de R$ 8 milhões. A exemplo do clube carioca, Goiás e Coritiba também mudaram de lado após manifestarem intenção de voto em Koff.
Os clubes entenderam que é preciso ficar independente da CBF. As federações já estão tomadas e esta foi a única forma de nos separarmos do comando da entidade. Foi uma vitória do futebol brasileiro, afirmou o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, um dos principais aliados de Fábio Koff.
Com o triunfo na eleição, Fábio Koff assume o controle do poder de negociação no contrato dos direitos de televisão do Brasileiro a partir de 2012. Atualmente, o valor está em R$ 1,6 bilhão, e tem promessa de ser cerca de 60% maior a partir de 2012, quando termina o atual.
A escolha de Fábio Koff também representa mais um capítulo da queda de braço entre as emissoras Globo e Record. A Globo estava ao lado de Kléber Leite, como a CBF, enquanto a Record mantém agora as esperanças de assumir as transmissões do Campeonato Brasileiro.
Uol Esporte
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