Comandante convida atacante para ser seu auxiliar

Afastado dos gramados, sim, mas completamente do futebol, não. Visivelmente emocionado com a aposentadoria forçada de Capitão, Luís Carlos Cruz já convidou o atacante para trabalhar em sua equipe técnica. “Às vezes Deus fecha uma porta, mas abre uma janela. Hoje (ontem) pela manhã conversamos e propus que ele fosse meu auxiliar. Não agora, mas mais para a frente. O Capitão é um grande profissional. Um líder. É como um filho para mim”, exaltou o treinador, que começou a carreira assistindo Lula Pereira. “Avisei que ele não fica desempregado”, acrescentou.

O diretor de futebol Newton Mota vetou a “promoção” imediata por motivo simples: o quadro tricolor está fechado. “Isso envolve uma questão afetiva do Cruz, porém nosso comando técnico está completo”, explicou. Ainda assim, o jogador ficou de analisar a proposta: “É uma possibilidade. Nós temos uma relação muito próxima. Mas ainda é cedo para pensar nisso”.

Criado no bairro da Liberdade e revelado na Catuense, Capitão ainda sente a alegria de trocar Belém do Pará pela terra natal. Filho de Pompéia, ex-goleiro de Atlético de Alagoinhas e Galícia, vive drama parecido ao do volante Bebeto Campos, que também passou pelo Fazendão. Neste, o problema que encerrou a sua carreira, quando estava no Paysandu, foi a constatação de uma arritmia cardíaca: o coração pulsa descompassado, para mais ou para menos.

Capitão realizou exames cardíacos por duas vezes só no ano passado e nada foi detectado. O último, no Rio Branco de Americana-SP, no mês de abril. “Temos que pensar que isso também foi uma benção para ele, que vai poder cuidar da sua família. Imagine que nada foi constatado em São Paulo, onde a Federação Paulista (de Futebol) tem sido rigorosíssima depois da morte do Serginho”, lembrou o técnico Luís Carlos Cruz.

Correio da Bahia (Adaptado)

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