De Nelson Barros Neto, no jornal A Tarde desta quarta-feira:
“Minutos após negociar um de seus atletas para a Turquia, o ex-atacante Raudinei falou sobre a homenagem desta semana, seu trabalho e a atual situação do Bahia. Confira:
Como você encarou esse convite? Chegou a achar meio maluquice de torcedor?
Achei uma prova de carinho. Foi um gol que marcou bastante a história do clube. Sempre que o Bahia vem jogar em São Paulo, eu faço o possível para assistir, porque é um time realmente que eu gosto muito. Sempre que lembram de mim, associam meu nome àquele gol, apesar de eu ter jogado dois Brasileiros no Bahia. Então, vejo como uma manifestação de carinho de uma torcida, que ultimamente tem sofrido tanto.
Falando nisso, há quem jure que seu gol, no fundo, terminou sendo ruim para o Bahia, só servindo para jogar os problemas que já existiam para debaixo do tapete… Já ouviu essa tese? O que pensa a respeito?
Essa situação não surgiu de uma coisa isolada. São várias problemas que vêm se acumulando e que, no final, só podiam terminar como terminou, com o Bahia indo para a Série C e o Vitória sendo campeão estadual quase todo ano. Isso tudo, na rea lidade, foi fruto de más administrações do clube, coisas bem anteriores até a esses anos de 94, 95. Agora, enfim, eu vejo o Bahia tentando se reestruturar. Há cerca de 15 dias, falei com o presidente Marcelo Guimarães Filho e vejo, digamos assim, uma nova mentalidade. Pelo que o Bahia representa, tenho certeza que vai conseguir se recuperar.
Por que vocês se falaram? Também sobre o gol?
Não, não, por causa do meu trabalho. Liguei para falar com uma pessoa que trabalha lá, eles estavam reunidos, aí o presidente quis trocar uma palavra comigo e, claro, desejei boa sorte.
Você virou empresário de jogadores, né. Começou logo quando parou? Agencia quem que está por aí, por exemplo?
Sim, há uns oito ou nove anos. Tem o Índio, do Internacional, o Chicão, do Corinthians…
Já teve algum que mandou para o Bahia?
Com certeza. Quero continuar ajudando o clube. O Emerson, goleiro, que virou ídolo aí, foi levado por mim. Teve um volante que ficou dois anos, o Ramos… Levei o Marcão, lateral-esquerdo, disseram que não servia, e depois ele foi campeão mundial pelo Inter e hoje está no Palmeiras. Parecido com o Alex Alves, atacante, que logo mandaram embora e depois virou ídolo na Portuguesa e no Botafogo.”
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