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Confira entrevista de Renato sobre o caso Bruno

Notícia
Historico
Publicada em 11 de julho de 2010 às 22:26 por Da Redação

De Caio Barbosa, do Jornal Extra

A combinação explosiva que muitas vezes ocorre nas relações entre jogadores de futebol, suas mulheres, amantes e afins é assunto corriqueiro para Renato Gaúcho, especialista no assunto. Ídolo de milhões de torcedores nos anos 80 e 90 pelo que fez com a bola nos pés, o hoje técnico do Bahia colecionou também inúmeros títulos e namoradas.

Em 1988, em entrevista ao escritor Ruy Castro publicada pela “Playboy”, o então jogador afirmou que já havia transado com mais de mil mulheres.

Hoje, mais experiente, Renato se recusa a atualizar a contagem, mas, a convite do EXTRA, Renato traçou um perfil desta relação complicada que há entre jogadores e suas mulheres, normalmente envolvendo ameaças, extorsões, ofensas e que, agora, chegou ao limite extremo, com o Caso Bruno.

EXTRA: O que você pensa sobre este caso envolvendo o Bruno?

Renato Gaúcho: Não quero falar sobre isso. Prefiro ficar quieto. É uma situação muito complicada, muito chocante e não tenho muita coisa a dizer sobre isso.

EXTRA: Mas você é um ícone de uma geração de jogadores que sempre se deu muito bem com as mulheres. Pode falar como funciona esta relação, que você conhece como poucos.

Renato Gaúcho: Ah, sim. Sobre isso, tudo bem. A mulher que procura o jogador de futebol está atrás de tudo. Ela quer carinho, afeto e conforto? Quer um pouco de tudo isso, sim, mas quer, principalmente, status e casamento. De preferência, com filhos. E não as condeno, não. Estão no papel delas. O jogador é que tem que saber onde está se metendo. Uma coisa é ter relações com uma porção de mulheres, viver na gandaia. Outra é a mulher que você vai colocar dentro da sua casa. Dentro de casa você tem que colocar uma mulher de verdade, não um bagaço, uma que seja só uma aventura.

EXTRA: Bagaço é o termo que os jogadores usam para se referir às amantes, não é? Que dica você dá aos atletas para lidar com todo este assédio?

Renato Gaúcho: O nome é Maria Chuteira, mas dentro do vestiário eles chamam de bagaço. E vai desfilar com um bagaço? Tirar foto com bagaço em lugar público? É tudo o que elas querem para deitar e rolar em cima do cara. Jogador tem que ser malandro, sempre digo isso a eles. O bagaço sai de casa todo dia doido para pegar um otário. Se você for otário, já era.

EXTRA: E as orgias? Agora acontecem mais do que antes?

Renato Gaúcho: Orgia é algo que faz parte do universo do futebol. Tinha na minha época, antes de mim, tem agora e vai existir para sempre. Não tem jeito. E jogador tem que se relacionar com elas mesmo, não recrimino ninguém por isso, não. Para falar a verdade, até apoio. Quem é que não gosta de sexo? É a hora deles, também. Mas tem que ser mais malandro do que elas. Tem que usar camisinha sempre, mas sempre mesmo. Não estou falando isso da boca para fora. E nem digo por causa de filho, do perigo de engravidar a parceira, mas por causa de doença mesmo. Jogador de futebol precisa do corpo para ganhar dinheiro e vai colocar isso em risco por causa de um bagaço? Vai pegar doença por causa de bagaço? Fala sério, né?

EXTRA: Você participou de muita orgia ao longo da carreira?

Renato Gaúcho: Passa a pergunta, vai. Deixa essa para outros.

EXTRA: Ok (risos). Mas há casos em que o rendimento do jogador é prejudicado por causa desse comportamento? O treino da madrugada atrapalha?

Renato Gaúcho: O que mais acontece é aparecer jogador para treinar sem cabeça para fazer isso, porque está preocupado com o bagaço que ele se relacionou sem camisinha na festinha do dia anterior. Aí, fica doido, esperando vinte dias, um mês para saber se a mulher engravidou ou não. Mas o pior nem é isso. O pior é jogador se apaixonar por bagaço. A quantidade de jogador que eu vejo que é inocente, que é inexperiente… é uma coisa inacreditável.

EXTRA: Mas deve ser difícil resistir. As mulheres, normalmente, são lindíssimas.

Renato Gaúcho: Mas não pode. Eu falo sempre, sempre mesmo para todos eles, mas nem todo mundo escuta: “Você acha que é bonito? Meu querido, bonita é a camisa que você está usando”. Se a camisa for do Flamengo, do Fluminense, do Bahia, enfim, de qualquer time grande, claro. Quero ver se a mulher continua com o cara se ele trocar a camisa pela do Olaria. É ruim, hein! Aliás, ela continua, sim, mas não com ele, e sim com a camisa. Não importa quem estiver vestindo. Jogador é bicho burro. Olha uma mulher bonita e gostosa e cai dentro, emburaca mesmo. Mal sabe ele que ela o procura, mas está se relacionando com um monte ao mesmo tempo. E diz para ele e para todos os outros que está apaixonada. E o cara cai. Não dá, né? Mas eu falo isso aos meus jogadores. Acho que também é papel do treinador alertá-los para este tipo de situação, que é muito comum.

EXTRA: A sua teoria é interessante, mas você também já agiu desta forma, sem pensar muito. A Carol (filha de Renato) é fruto de uma relação extraconjugal. Esqueceu disso?

Renato Gaúcho: Não dá nem para comparar uma coisa com a outra. Eu cometi um erro, sim, que foi essa relação extraconjugal, mas não foi com uma mulher qualquer, foi com uma pessoa séria, que era independente, conhecida, apresentadora de televisão (a jornalista Carla Cavalcanti). Todo mundo está sujeito a erros desse tipo, mas eu assumi o que fiz, banquei e tenho uma ótima relação com ela e com a Carol até hoje. À medida que a profissão permite, sou um pai presente e cumpridor dos meus deveres.

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