O ecbahia.com agradece aos candidatos, que atenderam ao pedido do site e responderam às perguntas no prazo. O objetivo deste debate virtual é ajudar o torcedor a escolher o seu candidato para o mandato “tampão” de presidente do Esporte Clube Bahia. Tentamos evitar os temas já repetidos em outros debates e, no final, fizemos uma pergunta específica para cada candidato. Confira abaixo a primeira parte das perguntas feita aos três postulantes.
1) Se tivesse a chance de mudar algo ou inovar o futebol brasileiro, o que faria?
Antônio Tillemont: Recomendava a implantação dos novos Estatutos do Bahia, que foi a maior vitória da Interventoria, que acertou 98% aos grandes clubes brasileiros, que ainda tem estatutos ultrapassados. Eu só faço duas restrições: o fato de se proibir a quem deu a cara prá bater de concorrer a uma eleição após o mandato tampão (e não reeleição como está escrito) e ao fato de se estabelecer regras exageradas para a inscrição de Chapa do Conselho Deliberativo, quando poderiam entregar a documentação necessária após eleito e antes de ser empossado.
Rui Cordeiro: Criaria uma Associação dos Clubes de Futebol Profissional do Brasil para ter mais força perante a CBF, além de apresentar algumas sugestões sobre o Calendario das competições.
Fernando Schmidt: Acredito que o Bahia mais uma vez está inovando e fazendo história. Foi o primeiro campeão brasileiro e será o primeiro clube absolutamente democrático do Brasil. Não podemos ter os clubes brasileiros e as federações como autênticos feudos ou capitanias hereditárias. Transparência, profissionalismo, planejamento: certamente são as contribuições que daremos ao futebol, ao final de nosso mandato caso assim o sócio do Bahia o queira ao final de 2014.
2) Caso seja eleito, convidaria algum dos outros dois candidatos para compor sua diretoria?
Antônio Tillemont: Acho que eles não aceitariam o convite. Schmidt porque creio que ele não queria sair candidato. A candidatura dele foi uma imposição de Governo. Por isso que ele aceita passivamente o mandato de 1 ano e 4 meses. Eu não aceito de bom grado, mas tenho que respeitar porque foi o que eu aprovei. E Rui Cordeiro pelos inúmeros projetos que diz ter, mas que nunca apresentou, sonha em ser Presidente.
Rui Cordeiro: Já o fiz durante um dos debates e estenderia o convite a muitos outros tricolores.
Fernando Schmidt: Não. As idéias e propostas podem até ser parecidas porque qualquer um dos três vai precisar combinar enxugamento de despesas com o crescimento das receitas para sair da crise -, mas os conceitos de gestão e o comportamento ético são bastante diferentes. Se fossem iguais, estaríamos na mesma chapa. Agora, com certeza, vou contar com a colaboração de todos caso seja eleito – para tirar o Bahia dessa grave crise, sem precedentes em sua história.
3) Caso não seja eleito, irá oferecer apoio ao futuro presidente? Tem preferência entre eles? De que forma?
Antônio Tillemont: Eu acho que deve se ver o Bahia acima de tudo e de todos. Tenho certeza de que o pensamento de todos é esse. Acho cedo para falar qualquer coisa sobre apoio. É preciso saber se o eleito, caso não seja eu, vê isso com bons olhos.
Rui Cordeiro: Vou estudar os seus Projetos e posso apoiá-los, embora espero vencer a eleição.
Fernando Schmidt: O Bahia sempre terá o meu apoio, assim como qualquer presidente que mantiver as regras democráticas, que trabalhar efetivamente pelo engrandecimento do clube. Sempre colaborei, em qualquer tempo, e não será agora, com uma Bahia realmente democrático, que deixarei de fazê-lo.
4) Como será a relação com as torcidas organizadas? Haverá distribuição de ingressos?
Antônio Tillemont: Acho que as organizadas precisam evoluir e se tornar profissional também, como a Gaviões. O Clube vive um momento muito delicado com uma dívida a ser esclarecida pela Interventoria e cada um tem que dar a sua parcela de colaboração. Sou a favor de cortar benesses.
Rui Cordeiro: Não haverá ingressos do Bahia para Torcidas Organizadas.
Fernando Schmidt: Caso venha a ser o escolhido, será uma relação de respeito e de reprocidade, mas o cerne do nosso pensamento está, principalmente, no nosso sócio. Os sócios das organizadas devem, em primeiro lugar, ser sócios do Bahia, para aumentar a força do nosso clube. Neste caso, o ingresso pode ser utilizado em sorteios e promoções para estimular o associativismo. Vamos negociar com a Arena Itaipava Fonte Nova um desconto de 50% no ingresso para o sócio. O sócio patrimonial tem uma fatia do patrimônio do Bahia, mas é preciso mais incentivos, mais atrativos, pra gente aumentar a nossa força como associação, inclusive gerando mais receitas.
5) Quais são os cinco nomes mais influentes que fazem parte do grupo de campanha da sua chapa?
Antônio Tillemont: A minha equipe não tem medalhões. Não tenho uma agência de publicidade nas minhas costas. São todos torcedores de arquibancada da antiga Fonte Nova. Nem por isso menos importantes do que outros grandes tricolores.
Rui Cordeiro: Não uso este conceito para classificar as pessoas, pois no Bahia todos são iguais.
Fernando Schmidt: Mas cinco é muito pouco. Em primeiro lugar, estão conosco todos aqueles sócios/torcedores que acreditam em coragem, honestidade, compromisso. Mas cito alguns deles: Jorge Maia, que é o símbolo da nossa luta pela democratização, meu vice Valton Pessoa, Bobô, Reub Celestino, Virgílio Elísio da Costa Neto, Saul Quadros, ACM Jr., Fernando Jorge Carneiro, Sidônio Palmeira, Celso Castro, Nestor Mendes Jr., Fernando Passos, Antonio Miranda, nosso grande ídolo Evaristo de Macedo, jogadores como Paulo Rodrigues, Baiaco, Osni e Sapatão, e todos os militantes do Bahia Livre e da Revolução Tricolor, indispensáveis neste processo de derrubada do feudo Tricolor.
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