Para rebater críticas de parte da torcida e da imprensa, relembrar o passado e afirmar que não se considera o único culpado pelos resultados ruins nas últimas rodadas, o goleiro Emerson convocou uma entrevista coletiva, na tarde da última segunda-feira, no Fazendão.
Confira abaixo suas principais declarações:
SUBSTITUIÇÃO CONTRA O FLU
Não pedi para sair e não acho que falhei nos gols, mas acatei a decisão do Lula porque acredito que tudo que ele faz é para o bem da equipe. Ao contrário do que disseram na imprensa, não desci para o vestiário chorando e queria continuar no jogo Emerson foi substituído pelo goleiro Márcio no intervalo da partida contra o Fluminense, sábado, na Fonte Nova, após sofrer intensa pressão da torcida.
VAIAS
Entendo a reação da torcida. Quando a gente age sob emoção forte, às vezes acaba fazendo coisas impensadas. Essa era a condição da torcida no jogo contra o Fluminense. Mais tarde, tenho certeza que muitos pararam para pensar em seus atos, com frieza, e devem ter se arrependido. Não tenho magoa da torcida e não quero que isso atrapalhe nossa relação daqui por diante. Admiro muito os torcedores do Bahia que, na minha opinião, são os mais apaixonados e fiéis do Brasil.
HISTÓRIA NO BAHIA
Estou há quatro anos no clube. Não escondo de ninguém meu amor pelo Bahia, que passou a ser o time do meu coração. Fui capitão da equipe por um ano e meio, Campeão Baiano e Bicampeão do Nordeste, eleito o melhor goleiro do País em 2001. Desde que cheguei, atuei em 239 dos 252 jogos que o clube disputou nesse período. Sou detentor do recorde nacional de partidas consecutivas, 147, atuando pelo Tricolor. O meu desempenho é tão bom que, até pouco tempo, cobravam aqui minha presença na Seleção Brasileira. Sempre tive o maior orgulho em vestir essa camisa, em honrar suas tradições e de vibrar junto com a nossa torcida. Não vou aceitar que, de uma hora para outra, tudo isso seja jogado na lata do lixo.
FALHAS
Admito que falhei na partida contra o Paysandu. Foi um gol realmente lamentável. Mas as pessoas têm que entender que demorei três anos e meio para sofrer um gol daquele nível aqui no clube. Em mais de 240 jogos, acredito que falhei em 10 a 13 jogos. Convenhamos, é um índice pequeno. Errar é humano, não sou perfeito, e não vou fugir das minhas responsabilidades. Só não quero ser execrado publicamente por causa disso.
CULPA
Não quero excluir minha culpa, mas todos aqui têm sua parcela de responsabilidade pelo que o Bahia está passando. Não acho que haja um único culpado e muito menos que este seja eu. O grande vilão nessa polêmica toda envolvendo meu nome é a injustiça que estão cometendo contra um profissional sério e que sempre lutou para honrar essa camisa.
FUTURO
Quero ficar no Bahia, estou feliz, me sinto em casa. Amo o clube, a torcida, a cidade, o Estado e quero continuar. Meu contrato termina no dia 31 de dezembro, a diretoria já demonstrou interesse em renová-lo e é isso que quero. Recebi e recebo muitas propostas para deixar o clube. Mas a primeira que vou ouvir depois de terminado o Brasileiro é a do Bahia. Se fechar com o Tricolor, não quero nem ouvir as outras.
Assessoria de Imprensa/ Departamento de Comunicação/ Esporte Clube Bahia S.A (Adaptado)
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