A boa notícia desta semana para a torcida tricolor não veio dos gramados mas sim da parte administrativa do Bahia. O vice-presidente do clube, o advogado Valton Pessoa, em entrevista ao jornal A Tarde confirmou o acordo firmado com a construtora OAS para que tanto o Fazendão quanto a Cidade Tricolor se tornassem patrimônio do clube.
Além disso, o Fazendão terá um novo acesso pelo Jardim das Margaridas por meio de um terreno que havia sido adquirido pela construtora. Para ficar com a Cidade Tricolor, o Bahia usará parte das transcons que tem a receber da prefeitura de Salvador e o restante do valor será pago ao longo de dez anos.
Para saber como o clube conseguiu reverter a situação anterior, quando não possuía nenhum imóvel , a ter dois centros de treinamento de qualidade, o ecbahia.com entrou em contato com Humberto Netto, gerente de relações de patrimônio do clube, que trouxe novas informações sobre o acordo.
Segundo Netto, o trabalho inicial da equipe coordenada pelo diretor de patrimônio, Antônio Miranda, foi levantar junto aos cartórios das cidades os registros dos dois imóveis. Foi quando se constatou que o Fazendão já não mais pertencia ao Bahia e fora usado como garantia da OAS a um empréstimo bancário.
Além do levantamento documental, o clube procurou empresas para fazer a avaliação dos valores dos imóveis. Uma empresa estrangeira foi contratada para realizar o trabalho e constatou que havia diferenças entre os valores reais e aqueles que haviam sido estipulados no protocolo de intenções firmados entre o clube e a construtora no passado. O Fazendão valia mais que o estipulado anteriormente assim como a Cidade Tricolor teria valor menor.
Com esses novos valores postos à mesa e diante da proximidade da liberação das transcons pela prefeitura da capital, o Bahia conseguiu costurar o novo acordo. Onde a OAS ainda permanece responsável pela manutenção do novo CT até o início de 2015.
Questionado sobre como o clube fará para manter os dois imóveis, o gerente tricolor disse que a idéia do clube é buscar convênios e parcerias com as prefeituras da região do novo CT (Dias D`Ávila e Camaçari) ou vender os chamados naming rights do empreendimento para alguma empresa interessada. A estimativa do clube é que serão necessários cerca de R$5 milhões para equipar e mobiliar o novo CT, além do custo mensal de manutenção.
Humberto destacou que devido à falta da Certidão Negativa de Débitos junto à União, o Bahia fica impedido de conseguir firmar convênios com programas de incentivo ao esporte do governo federal. São Paulo, Fluminense e Atlético-MG foram citados como exemplos de clubes que conseguiram construir CT`s para uso das divisões de base com incentivo público.
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