A realização de um sonho de uma nação de ter autonomia e independência para escolher os rumos do clube que ama… era isso que esperava a torcida do Bahia. Mas na noite desta segunda-feira teve pelo menos uma frustração, visto que a expectativa era grande da total abertura do clube. Uma evolução, é claro, mas longe ainda do que esperava a Nação Tricolor.
É que foi aprovada, por unanimidade, em assembléia do Conselho Deliberativo, a mudança nos estatutos do Bahia que permite uma participação regrada do sócio no próximo pleito presidencial do clube. Eleição intitulada como “direta” pelos cartolas, mas que, na prática, não é tão direta assim.
Pelo que foi decidido, os conselheiros definem as duas chapas que vão disputar as próximas eleições. Só então é que o sócio terá direito de votar, ou seja, em um dos dois candidatos determinados pelo Conselho.
O formato fica muito aquém da expectativa da torcida, que esperava ter finalmente uma participação irrestrita nas eleições. No utópico sonho de torcedor, o pleito seria um palco de confrontos de múltiplas idéias, onde o melhor projeto de gerência administrativa para o clube sairia vencedor por aclamação direta e efetiva da maioria dos associados. Mas a esperança tomou um banho de água fria hoje.
Um dos artífices da mudança que mantém o poder no clube na mão de seu Conselho Deliberativo, atual presidente do órgão e vice de futebol quando o Bahia foi rebaixado para a Série B, em 1997, Ruy Accioly disse que as eleições acontecerão em duas etapas, em 2011. Na primeira, em 15 de novembro, os conselheiros escolhem as duas chapas. Na segunda, um mês depois, o sócio elege o presidente entre uma das duas.
Para poder se candidatar, é preciso ser associado há pelos menos três anos. Para votar, o prazo mínimo no quadro de sócios é 1 ano e oito meses. As mudanças ainda dependem de aprovação em Assembléia Geral dos Sócios.
A eleição direta para presidente foi uma das promessas de campanha do atual ocupante do cargo, Marcelo Guimarães Filho, que agora a cumpre, não da forma esperada. Mas esta é uma primeira porta.
O sócio é quem tem o poder de mudar isso, caso assim queira a maioria, e o ecbahia.com convoca a grande massa tricolor para se associar ao clube, como já fez em outras oportunidades. Além de ajudar financeiramente, o sócio tem papel fiscalizador e pode participar da vida política do clube.
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