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Contas não fecham e salários seguem atrasados

Notícia
Historico
Publicada em 11 de setembro de 2008 às 21:41 por Da Redação

De Daniel Dórea para o A Tarde On Line

“Não lembro do que aconteceu em 2005. Eu não estava no Bahia”, disse o diretor de futebol do clube, Ruy Accioly. Depois, com a memória refrescada pelo repórter, afirmou: “Mas nesse time não tem ninguém naquela situação de Uéslei”.

A frase diz respeito à confusão que a contratação do Pitbull causou em 2005. A equipe havia começado relativamente bem na Série B, mas o ídolo veio para ganhar um salário estratosférico, enquanto outros ficavam sem receber.

O resultado foi uma queda brusca de rendimento da equipe e o rebaixamento para a Série C. Neste ano, o Bahia também chegou a disputar uma vaga no G-4, mas os fatores extra-campo começaram a influenciar nos resultados e o time despenca na tabela.

Entre os problemas, o principal é o atraso no pagamento dos salários. Há mais de dois meses os atletas não vêem a cor do dinheiro. “Estamos tentando empréstimos com instituições financeiras e acredito que conseguiremos pagar nos próximos dias, mas não posso prometer”, ponderou o diretor financeiro e de marketing, Marco Costa.

O dirigente explica, com números, o porquê da dificuldade do clube em cumprir suas obrigações. Segundo ele, o Bahia recebe cerca de R$ 500 mil por mês, com o dinheiro de Clube dos 13, FBA e patrocinadores. Porém, os gastos são de R$ 700 a 750 mil. O buraco é justamente o da renda, que o time não consegue ter em Feira de Santana.

Nesta quinta-feira, 11, o clube divulgou nota sobre o ‘não’ ao Barradão, garantindo ter tomado a decisão correta. Agora, a responsabilidade aumenta. E se o tricolor continuar sem conseguir os resultados no Jóia? Ruy Accioly não vê diferença. Para ele, o público não seria muito maior do que em Feira.

Então, sem a renda extra que vem da fidelidade do torcedor, como arranjar dinheiro para pagar os salários? Accioly quer começar a vender logo os ingressos para o jogo entre Bahia e Corinthians, em Pituaçu. “Se não ficar pronto, a entrada fica para o próximo jogo”, simplificou. Marco Costa prefere ser mais cauteloso e diz que trata-se apenas de uma idéia.

Ele aproveita para divulgar ações do seu departamento, que poderão dar alguma renda para o clube, como um energético do Bahia, prestes a ser lançado, e um contrato com a Nestlé, que vai comprar um lote de ingressos e fazer promoções nas partidas contra Brasiliense e Corinthians. Isso, claro, se o prazo para conclusão das obras de Pituaçu for cumprido.

MOTIVAÇÃO – Os jogadores continuam afirmando que a falta do dinheiro só pesa no dia-a-dia de treinamentos, mas é esquecida quando é dado o apito inicial das partidas.

O zagueiro Rogério foi visto saindo do prédio da administração com um papel na mão e um sorriso largo no rosto. Sinal de dinheiro? Que nada! Segundo o jogador, ele carregava mesmo era um jornal.

Ruy Accioly não crê que o atraso tem atrapalhado. “Eu acho que todo mundo tem que receber, mas os jogadores são todos corretos. Ninguém faz corpo mole aqui”, garantiu.

Só a título de lembrança, o bicho que os atletas recebem, com a ajuda de uma empresa, continua. O jogo deste sábado, 13, às 16 horas, contra o Criciúma, não entra na conta. Com quatro pontos diante de Paraná e Ceará, o time angaria R$ 20 mil. O prêmio aumenta em R$ 10 mil se vierem seis pontos.

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