Contratos blindam todos jogadores do Esqudrãozinho

De Luiz Teles, no jornal A Tarde deste sábado:

“Jovens, mas já profissionais. Todos os jogadores do Bahia que foram vice-campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior e que foram devidamente homenageados pelo feito ontem pelo Governo do Estado têm contrato com o tricolor por pelo menos três temporadas.

Desde a chegada do superintendente Newton Motta às divisões de base do clube, em 2009, todos os atletas quando completam 16 anos são avaliados, e caso tenham potencial para vingar na equipe principal, assinam seu primeiro compromisso.

O ato é garantia de vida melhor aos atletas até atingir a maioridade, mas para o time baiano, é também o momento de blindar os craques do futuro contra os ataques de empresários e outras agremiações.

“Não podemos fazer contratos com todos os nossos atletas que fazem 16 anos, porque não caberia no orçamento do clube. Com os diferenciados, assinamos no mês do aniversário, mas muitos atletas precisam passar por momentos de provação, quando mostram que o talento que têm funciona em jogos importantes ou na conduta de trabalho”, explica Motta sobre a política do tricolor.

Em 1998, com a Lei Pelé e o fim da Lei do Passe, o contrato profissional passou a ser a principal maneira do clube garantir o retorno dos investimentos feitos nas divisões de base. O mecanismo de compensação é simples: o valor a ser pago pela quebra do contrato é de até 100 vezes o que o atleta recebe no anualmente em vencimentos, contando férias e 13º.

Ou seja: Salário x 13,3 x 100. Em suma, para tirar um garoto do Bahia que hoje ganha R$ 1.000, é preciso pagar R$ 1,33 milhões. Nas negociações para o exterior, vale o que é estabelecido como multa rescisória, sem restrições de valor.”