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De gol em gol, Nonato faz história

Notícia
Historico
Publicada em 7 de agosto de 2007 às 00:57 por Da Redação

De Herbem Gramacho, no jornal A Tarde desta terça-feira:

“Ele fez três gols contra o ASA de Arapiraca e, no jogo seguinte, dois contra o Confiança. Artilheiro da Série C, com 6 gols, Nonato está de bem com a torcida tricolor.

Ontem foi dia de folga geral no elenco tricolor e Nonato não foi encontrado pela equipe de reportagem. Aproveitava, com méritos, a honra de ter entrado para a lista dos dez maiores artilheiros da história do Bahia.

Ao todo, já são 112, os dois últimos contra o Confiança, domingo. Na atual Terceirona, a média de gols do artilheiro é de 1,2 por partida. Jogou cinco vezes e ficou fora do confronto com o América/SE, na Fonte Nova, suspenso.

Os gols de Nonato agradam ao senhor Ivon Viana, 53 anos e filho de Carlito, maior artilheiro da história tricolor, com 253 gols. “Estou gostando dele. Tá entrando em forma agora. Se tiver consciência e os pés no chão, dá pra fazer o pé-de-meia dele. Não sei se já fez”, raciocina Ivon, fazendo lembrar dos tempos de Carlito, em que os jogadores não ficavam ricos.

O maior artilheiro da história do Bahia atuou no clube durante 13 anos, de 1946 a 59. Nascido em 1954, Ivon não lembra dos gols que o pai fez. “Lembro mais das visitas à concentração, em Itaparica. Eu sempre entrava em campo junto com o time também”, conta.

Carlito faleceu há 27 anos (1980), aos 52, vítima de cirrose hepática. Deixou esposa, cinco filhos e sete netos.

Nonato está longe dos 253 gols de Carlito, mas pertinho de ganhar quatro posições no ranking da artilharia tricolor.

Com 112, já empatou com Izaltino, em décimo. E ficou a um golzinho de Biriba. Alencar é seguido de perto, com 116 gols. Vareta e Marcelo Ramos estão empatados em sexto lugar, com 121 gols. Suspenso, Nonato não enfrenta o Atlético/PB, domingo. Saiba mais sobre os personagens da selete lista:

CARLITO
Carlito, ou Carlos Domingues Viana, é o maior artilheiro que a torcida tricolor já viu, com 253 gols em 13 anos de clube, de 1946 a 59. Chegou a receber proposta do Flamengo, mas a noiva na época (Dona Dayse, hoje viúva) o fez escolher: ou o Rio de Janeiro ou ela. Carlito ficou no Bahia.

DOUGLAS
De reserva de Pelé no Santos a grande ídolo e craque da história do Bahia. Essa foi a trajetória de Douglas, autor de 211 gols com a camisa do clube, durante a década de 1970. Deve à vida ao Bahia: escapou de um acidente aéreo por ter trocado o América do Rio pelo Esquadrão.

HAMILTON
Hamilton defendeu o Bahia nas décadas de 1950 e 60. Com 154 gols, é o terceiro maior artilheiro da história do clube. Mostrou seu faro de goleador em 1957, quando foi o artilheiro da equipe em uma excursão à Europa. Jogou a Copa Libertadores de 1964.

UÉSLEI
Lateral-direito, volante, meia e atacante. Uéslei já fez de tudo com a camisa do Bahia, inclusive 145 gols. Por isso, é o quarto maior artilheiro tricolor de todos os tempos. Atualmente, o Pitbull defende o Sanfrecce Hiroshima, do Japão. Última passagem pelo Fazendão foi em 2005.

OSNI
Sempre habilidoso, Osni entortava zagueiros adversários e dava dor-de-cabeça aos goleiros, com 138 gols marcados. Ídolo também do arqui-rival Vitória, Osni conseguiu a façanha de ser campeão baiano de 1984 ocupando duas funções: foi técnico e jogador.

VARETA
Pelo nome, dá para saber que Vareta era um jogador franzino. Mas aprontou com muita defesa adversária, nos anos 30 e 40 do século passado. Autor de 121 gols com a camisa tricolor, Vareta é o sexto maior goleador, mas pode ser ultrapassado pelo guloso Nonato ainda nesta Série C.

MARCELO
Habitual carrasco nos clássicos Ba-Vi, Marcelo Ramos fez 121 gols, como Vareta, mas jogou em um tempo de defesas mais fechadas. Atualmente, está no Santa Cruz e é o quarto maior artilheiro brasileiro em atividade. O sobrenome só apareceu no Cruzeiro. No Bahia, era Marcelo puro.

ALENCAR
O cearense Joaci Freitas Dutra ganhou no futebol o nome de Alencar pelo fato de começar a carreira (no infantil do Ceará) levado por um amigo chamado assim. Autor de 116 gols, era o centroavante do time campeão da Taça Brasil de 59. Voltou ao Bahia como técnico em 1975.

BIRIBA
Grande ponta-esquerda, Armindo Avelino de Santana, ou simplesmente Biriba, defendeu o Bahia de 1954 a 1968. Além de ter vencido a Taça Brasil de 1959, disputou duas Libertadores pelo clube, em 1960 e 1964. Faleceu em 25 de maio do ano passado, por problemas cardíacos.

IZALTINO
Izaltino defendeu o tricolor numa partida histórica. No dia 26 de outubro de 1947, o Bahia goleou o São Paulo por 7 a 2. Como o time paulista era chamado de Esquadrão de Aço, o Bahia, então, ganhou o apelido de Super-esquadrão de Aço. Com o uso, perdeu a palavra super”.

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