Com retorno ao time praticamente garantido nesta quinta-feira, contra o Grêmio, em Pituaçu, pelas quartas de final da Copa do Brasil, em função de novas dores na coxa do titular Souza, o centroavante Júnior não esconde a “intranquilidade” quanto à sua situação no Bahia.
O contrato do jogador termina em duas semanas e o clube ainda não lhe procurou para definir o caso. No final da tarde desta terça-feira, o “Anjo Loiro” foi perguntado sobre o assunto em entrevista coletiva no Fazendão. Já existiria até uma sondagem do Barueri, da Série B.
“Olha, a diretoria está sem tempo pra resolver essa situação, mas tenho interesse de ficar… Só saio daqui se me mandarem embora! (risos) Mas eu tô mais focado agora nos próximos jogos. O de quinta está bem perto, mas claro que ficaria mais tranquilo se resolvesse essa situação. Independentemente disso, tenho contrato até 1º de junho e vou seguir dando meu máximo”.
A respeito da possibilidade de novamente entrar no lugar de Souza, artilheiro da equipe, afirmou: “Pra mim, tá tranquilo substituir o Caveirão, que é ídolo também da torcida, mas tá tranquilo. A gente tem a mesma função e estou pronto. Se o professor for contar comigo, estou pronto”.
Júnior também comentou as vaias que recebeu no primeiro tempo do triunfo sobre a Portuguesa, quando se redimiu da fraca atuação que vinha apresentando e marcou um golaço na etapa final.
“Acho que foi a primeira vez em um ano que estou aqui, mas várias coisas passam na cabeça do jogador numa semana muito tensa como foi a passada. Tínhamos jogado um Ba-Vi e, quando chegou na quinta, quem tinha que jogar era o Júnior. Recebi noticias extra-campo que me entristeceram, e posso dizer que não era o mesmo Júnior que a torcida se acostumou a ver”.
Ele continuou: “A torcida tem razão em pegar no pé e eu tenho personalidade pra chegar e encarar isso de corpo e alma. Mas o legal foi que, quando voltei no segundo tempo, logo na primeira jogada que aconteceu, a torcida me aplaudiu. Então, isso prova que a torcida tava comigo. Isso faz parte do futebol, atacante vive de gol e, graças a Deus, saí bem dessa partida”.
Perguntado se as comemorações pelo título do Estadual conquistado no domingo, perante o arquirrival, já haviam acabado, Júnior falou, de olho no oponente gaúcho:
“Ah, com certeza. Eu mesmo nem comemorei direito, pra te falar a verdade. Foi mais a sensação de alívio, porque tenho muitos vizinhos que são Bahia e toda hora me cobravam. Diziam: `precisamos desse titulo, precisamos desse título`. E eu só falava: `Calma calma, porque vai dar tudo certo`. Mas a segunda-feira foi mais pra desanso mesmo. Hoje, recomeçamos de novo, porque quinta-feira o bicho pega novamente. Não tem essa de que já está tudo bom porque ganhamos o Campeonato Baiano, não. Esse grupo tem outros interesses. Queremos chegar na Copa do Brasil, também, e começar o Brasileiro bem (ante o Santos)”.
O atacante completou, usando suas experiências recentes, para se referir ao torneio mata-mata:
“Poxa, eu bati na trave, né. Em 2010, fui vice (pelo Vice). Em 2011, cheguei na semifinal (pelo Ceará)… perdemos pro Coritiba, que tá até hoje aqui (treinando no Fazendão, por causa de seu jogo em Canabrava, nesta quarta). Mas nesse ano sabemos que é o Grêmio, um adversário difícil, mas esse time aqui tem vontade de chegar longe”.
E finalizou: “A torcida está empolgada, ainda comemorando o título, então espero que lote o estádio também na quinta-feira”. Os ingressos já estão à venda desde segunda à tarde.
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