Comentarista da TV Bahia e colunista do jornal Correio*, o jornalista Darino Sena fez duras críticas ao imbróglio que se tornou as negociações com o argentino Leandro Romagnoli.
Utilizando seu espaço no periódico desta terça-feira, o analista acusou a diretoria de ser “subserviente” e deu ênfase às mudanças repentinas de opinião do presidente Fernando Schmidt.
Confira o que disse Sena sobre o Bahia:
“É triste ver a subserviência da diretoria do Bahia no caso Romagnoli. Tristeza não pela postura dos dirigentes, mas pela situação em que colocam o clube. Só faltam ajoelhar pra pedir pro cara ficar. Lamentável!
Romagnoli já disse mais de uma vez que não quer ficar. Colocou o Bahia em segundo plano. Ele teve motivo para não se apresentar na data prevista? Disputar a final da Libertadores pelo San Lorenzo era o sonho da vida dele? O Bahia não tem nada a ver com isso. Romagnoli assinou pra estar aqui em julho e não apareceu. Fato. Deveria arcar com as consequências de sua escolha e pagar o que deve – a multa de R$ 1 milhão.
Romagnoli fala agora que tem palavra, mas não foi capaz de cumpri-la quando o que assinou lhe deixou de ser conveniente. É um homem de palavra… Palavra de ocasião. Aliás, declarações de ocasião têm sido praxe no Bahia. O presidente Fernando Schmidt me disse em entrevista que iria apelar à Fifa neste caso. Mudou de opinião. Ao invés de acionar a entidade máxima do futebol pra cobrar seus direitos, a cartolagem tricolor mandou baiana com fitinha do Bonfim pro aeroporto e fez camisa 100 pra entregar a Romagnoli no desembarque.
Qual deve ter sido o motivo do número – 100 compromisso, 100 palavra, 100 motivação? Romagnoli é bom jogador? É. Mas não é maior que o clube. Tampouco deveria ser tratado como tal. Os cartolas preferem o risco de incorporar um jogador desmotivado e caro a lutar pelo cumprimento de uma lei que os respalda. Ao não exigir a multa pelo descumprimento do que regia o pré-contrato, aceitar se reunir com Romagnoli e tentar dar um jeitinho na situação, a atual diretoria já rebaixou o Bahia no aspecto moral.”
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