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Delegada considera Petrônio culpado

Notícia
Historico
Publicada em 22 de janeiro de 2008 às 20:42 por Da Redação

O presidente do Bahia, Petrônio Barradas, e mais quatro dirigentes esportivos ou públicos foram responsabilizados pela tragédia da Fonte Nova. A delegada que presidiu o inquérito, Marilda da Luz, indiciou ainda o presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues; o diretor de Competições da CBF, Virgílio Elísio; o diretor-geral da Sudesb, Bobô, e o diretor de Operações da Sudesb, Nilo Santos Júnior. Os quatro primeiros responderão por homicídio doloso, enquanto Nilo Santos Júnior foi denunciado por homicídio culposo. Em 25 de novembro do ano passado, sete pessoas que assistiam Bahia e Vila Nova morreram após a queda de um pedaço da arquibancada da Fonte Nova.

Confira, abaixo, matéria da assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança Pública:

“Delegada conclui inquérito sobre tragédia da Fonte Nova

A delegada Marilda Marcela da Luz, coordenadora adjunta do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), concluiu hoje (22) o inquérito policial sobre a tragédia no Estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova), ocorrida em 25 de novembro do ano passado, quando uma parte da arquibancada desabou, causando a morte de sete pessoas e ferimentos em pelos 30. O relatório da delegada conclui pelo indiciamento de Raimundo Nonato Tavares da Silva, o Bobô, superintendente da Sudesb – Superintendência de Desportos do Estado da Bahia – de Virgílio Elísio da Costa Neto, diretor de competições da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), de Petrônio França Barradas, presidente do Esporte Clube Bahia, de Ednaldo Rodrigues Gomes, presidente da FBF (Federação Baiana de Futebol), e de Nilo dos Santos Júnior, diretor de operações da Sudesb.

Os quatro primeiros estão indiciados nas penas dos artigos 121, 129 e 256, do Código Penal Brasileiro, por homicídio doloso eventual, lesões corporais e causar desmoronamento, enquanto Nilo dos Santos Júnior foi incurso nas penas dos mesmos artigos, contudo no 121, parágrafo 3º (homicídio culposo). A delegada Marilda da Luz encaminha o inquérito amanhã (23) para o Tribunal de Justiça, sugerindo a apuração da responsabilidade da juíza Lícia Pinto Fragoso Modesto, da 2ª Vara de Defesa do Consumidor, tanto criminal quanto administrativa, por ter o Ministério Público Estadual lhe encaminhado nove petições, pedindo a interdição do estádio (a primeira delas em 19 de janeiro de 2006), sem obter qualquer resposta.

De acordo com a delegada, os indiciados assumiram o risco de causar danos a terceiros. O primeiro laudo pericial indicou que não havia manutenção na estrutura das arquibancadas. Marilda da Luz solicitou então um segundo laudo, já que não existiam ferragens longitudinais na área do acidente. O novo laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) conclui que no local havia ferragens transversais, mas, mesmo que tivesse as longitudinais, estas não evitariam o acidente.

No acidente morreram seis pessoas no local: Anísio Marques Neto, Jadson Celestino Araújo Silva, Djalma Lima Santos, Milena Vasques Palmeira, Mídia Andrade dos Santos e Márcia Santos Cruz. Primo de Jadson, Joselito Lima Júnior, 26, solteiro, residente no Caminho 7, no bairro de Cajazeiras VI, foi o único atendido no HGE, onde morreu por volta das 21 horas do mesmo dia da tragédia, com traumatismo craniano.

O acidente

No início da noite do dia 25 de novembro de 2007, a queda de um pedaço da arquibancada do estádio Octávio Mangabeira (Fonte Nova) matou sete pessoas, de acordo com o Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Saúde da Bahia. No momento do acidente, pelo menos 60 mil pessoas comemoravam o empate, por 0 a 0, entre Bahia e Vila Nova, resultado que garantiu acesso do time baiano ao Campeonato Brasileiro da Série B. O jogo ainda não havia terminado, quando ocorreu o acidente.

Segundo a Secretaria da Saúde do Estado, pelo menos 30 pessoas ficaram feridas. A área onde está localizado o buraco na arquibancada do anel superior da Fonte Nova foi logo isolada. Na hora do acidente, os bombeiros estimaram que 500 torcedores pulavam eufóricos naquele setor do estádio.

Soldados do Corpo de Bombeiros, que estiveram no local logo após a tragédia acidente, afirmaram que as vítimas caíram de uma grande altura: cerca de 15 metros. O governador do Jaques Wagner, informado do ocorrido, determinou a interdição imediata do estádio.”

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